"Ajudamos a criar espírito crítico e debate"

Episode 56 December 05, 2024 00:20:46
"Ajudamos a criar espírito crítico e debate"
ACP - Automóvel Club de Portugal
"Ajudamos a criar espírito crítico e debate"

Dec 05 2024 | 00:20:46

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Show Notes

Lançado para o estrelato em "Morangos com Açúcar", António Van Zeller fala-nos dos seus desafios, como lida com o mediatismo em tão tenra idade e do gosto pelas viagens em família.

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Episode Transcript

[00:00:07] Speaker A: Sejam bem-vindos a mais uma edição do ACP Podcast. O meu nome é Ricardo Paz Barrosa, sou jornalista da revista do ACP e hoje connosco temos António Vanzeller, ator. O António tem 25 anos, tem vindo a ganhar ou a acumular alguma experiência em termos de representação, nomeadamente com algumas peças de teatro, com novelas e até um filme que estreou agora já em 2024, mas A principal razão, digamos assim, do seu mediatismo hoje em dia é os Morangos com Açúcar. Esta segunda fase dos Morangos com Açúcar, um projeto que em termos de representação nacional foi considerado uma escola de atores. Eu perguntava como é que está a correr esta experiência de ser o Zé Maria, o personagem que interpreta nos Morangos com Açúcar. [00:00:56] Speaker B: Eu acho que está a correr bem. Tenho tido sempre um feedback positivo das pessoas. e do que as pessoas têm visto tem sido sempre uma coisa positiva e mesmo em termos de visibilidade do que o público, quando vem ter connosco na rua e sempre que fala são sempre coisas muito positivas. Portanto, acho que está a correr bem. [00:01:17] Speaker A: Quem é o Zé Maria? Quer nos explicar um bocadinho? Eu sei que há muitas pessoas que nos vão ver e que não estão a acompanhar a série, por uma questão de idade até, mas agora, que tipo de personagem é que é? [00:01:28] Speaker B: Então, o Zé Maria é um miúdo que vem de uma família assim mais abastada, assim dizer, tem o pai, o pai é dono de uma codelaria de cavalos, em Salvaterra. E pronto, teve sempre uma vida privilegiada, andaram no Colégio da Barra, que é um colégio privilegiado. E pronto, e com o andar da sua adolescência também começa a ter algumas questões com a sua sexualidade. E pronto, a série gira muito à volta dessas questões que ele tem sobre a sua sexualidade, que depois apaixona-se por uma personagem da série, que é do sexo masculino. Então fica assim, com essas questões todas a acontecer. [00:02:10] Speaker A: Isto é um tema difícil de abordar, na perspectiva de um ator? [00:02:15] Speaker B: Não, eu acho que nem sequer é um tema, pelo menos do que tenho sentido e do que tenho vivido sempre à minha volta, não é sequer um tema. É isso. [00:02:26] Speaker A: Portanto, esta questão da orientação sexual não a representa sequer. [00:02:29] Speaker B: Nunca foi um tempo, sim. [00:02:30] Speaker A: Mas, por exemplo, há reações das pessoas ao António na rua por causa do personagem e desse drama que ele vive em termos de orientação sexual? [00:02:40] Speaker B: Sim. Há muitas mensagens de miúdos e mesmo miúdas também que mandam mensagens sobre estou com estas questões, não sei o quê, e falam um bocadinho ou tanto tendo em conta a situação, tendo de tentar ajudar de alguma forma. Que têm sido sempre coisas positivas. Ao vivo já tive assim... Houve um episódio que me fez confusão porque nunca tinha passado pela homofobia e nem é uma coisa que eu sinta pessoalmente. [00:03:09] Speaker A: Achei que eu a homofobia? [00:03:10] Speaker B: Sim, sim, foi uma vez. Estava a chegar a casa, estava aqui a viver ainda no rato. Até aqui mesmo, aqui ao pé. E estava com um amigo meu, estávamos a ir para casa. que eles chamaram o Uber ali à frente da minha casa, que é mais fácil para eles entrarem na autostrada, e estávamos a passar a passadeira e começaram dentro de um Uber, assim, 4 homens, pá, de 30 anos, estavam lá e começaram assim, ah, morangos com açúcar, não sei o quê. e depois começaram a dar uns nomes ofensivos sobre a sexualidade e foi muito estranho depois eu fiquei ok isto é real e depois não querendo entrar em coisas políticas a seguir começaram a bater assim no trajadilho do carro a gritar assim por um partido político assim mais de extrema que temos em Portugal ok e pronto e depois aquilo aconteceu eu pessoalmente não sinto homofobia porque nunca passei por eu António por essas experiências não me bateu assim e depois quando cheguei a casa a pensar sobre isso é que foi porra realmente isto é muito violento ouvir estas coisas Quer dizer, é violento, mas não tinha sentido isso mesmo a peito. Depois, em casa, pensar sobre isto, tipo... Ficou nervoso? [00:04:32] Speaker A: Ficou nervoso com esse... [00:04:33] Speaker B: Eu não estava a perceber muito bem. [00:04:36] Speaker A: Foi assim uma coisa... Mais tarde é. [00:04:37] Speaker B: Que lhe caiu... Mais tarde é que me caiu a ficha de, porra, isto é muito violento mesmo. Ter que passar por estas coisas, e depois comentei até com amigos que já tinham passado por estas experiências e é uma cena muito forte. [00:04:49] Speaker A: E tinha imaginado que... Eu sei que o António começou na representação também não há muitos anos. Eu penso que há uns quatro anos, mais ou menos. [00:04:58] Speaker B: Adicionalmente, há dois anos e meio, mais ou menos. [00:05:01] Speaker A: E, portanto, tinha a ideia de que pode acabar por transportar uma personagem, neste caso o Zé Maria, a um ponto tão extremo de estar na rua e ser, digamos, ser insultado pela personagem. [00:05:15] Speaker B: Sim, eu acho que isso também é uma das... que representa. É uma das coisas que me dá alegria em trabalhar nesta profissão de ser ator que realmente geramos espírito crítico, geramos debate, falamos de temas que depois são falados em casa, coisas que às vezes são tabu e de repente as pessoas estão em casa, se calhar estão a ver aqueles miúdos a beijarem-se e de repente há lá um miúdo que está a ver aquilo que se identifica e os pais vão falar sobre isso Mas estão em casa, está a gerar espírito crítico sobre aquilo, estão a gerar um debate e falam sobre estes temas que às vezes ficam sempre por falar. [00:05:49] Speaker A: Por falar. Isto até é uma forma de abrir a porta. Sim. A janela para a discussão. [00:05:54] Speaker B: Sim, agora estamos a falar deste tema, desta personagem específica, mas... com outros temas, sejam o que forem. Por exemplo, temas que eu... Pessoalmente, coisas que me tocam muito são as alterações climáticas. [00:06:06] Speaker A: Por exemplo? [00:06:07] Speaker B: Fazer um espetáculo sobre isso, das alterações climáticas. As pessoas, vamos imaginar, estão 100 espectadores a assistir a esta peça de teatro. Vamos a falar sobre isso. Se pelo menos 20 pessoas saírem dali e falarem sobre isto e levarem alguma coisa do que mostrarmos para casa, já valeu a pena. [00:06:29] Speaker A: E, portanto, dá para perceber então que os morangos com açúcar são uma escola, continuam uma escola de representação, não só pela representação em si, mas também pelos valores que muitas vezes tentam trazer para o ECRAN. Vocês, de alguma forma, têm noção do sucesso anterior dos morangos com açúcar? Vocês conseguiram ou conseguem aprender alguma coisa com a geração anterior de atores? Muitos deles agora obviamente mais velhos, 15 anos mais velhos alguns deles, e portanto com outros papéis e com outras intervenções. Vocês aprendem com essa geração? Têm alguma forma de beber dessa experiência? [00:07:14] Speaker B: Sim, eu acho que estes novos morangos herdaram uma herança muito grande que é os morangos com açúcar. E logo só o nome e as pessoas... E eu sinto uma coisa muito grande que é... nós ao termos esta herança quase também muito de cultura pop que é as bandas todas as pessoas mesmo na rua metem-nos assim num sítio que não é como fazer um filme ou uma telenovela ou uma série é mesmo só por ter feito Os Morangos com Súcar qualquer pessoa daquele elenco deste novo elenco metem-nos sempre assim num sítio meio de popstar de quase intocável, que é uma coisa muito estranha, que eu nunca tinha sentido. Assim, de aprender com os novos atores. Eu nunca, acho que ainda nunca conheci muitos atores pessoalmente que tenha trabalhado, que tenham feito os morangos, assim, portanto não consigo dizer Mas com a experiência deles. [00:08:10] Speaker A: Sabendo mais ou menos o percurso que eles fizeram, as experiências que foram tendo, umas boas, outras não mais, não é? [00:08:20] Speaker B: Eu acho que não gosto muito de comparar a outras carreiras, porque então nesta área nunca é tudo... não há assim uma forma certa de fazer as coisas para que as coisas aconteçam e continuem a acontecer e que corram bem. Eu acho que eu não costumo comparar outras pessoas ou tentar perceber o caminho dessas pessoas porque cada um vai ter sempre o seu caminho, vai ser sempre diferente. [00:08:43] Speaker A: Sempre diferente. [00:08:43] Speaker B: Sempre. [00:08:44] Speaker A: Portanto não vale a pena estar a prender-se a outras questões e a outros momentos. Apesar de tudo, falou-me nesta personagem do Zé Maria, que vive e até já conseguiu transportar para fora do personagem algumas consequências da personagem, mas também já interpretou outras diametralmente opostas. Eu sei que interpretou um padre, o padre Inácio, numa novela a flor sem tempo, não foi? Sim. Quero-nos falar um bocadinho sobre essas famílias. [00:09:12] Speaker B: Posso falar sobre isso? [00:09:13] Speaker A: De padre a jovem com dúvidas em termos de orientação sexual. [00:09:19] Speaker B: Foi, isso foi de 8 a 80. Exatamente. Pronto, aquilo foi... Eu andei na ACTE, Escola de Atores, no curso profissional. E quando acabamos a ACTE, nós podemos nos candidatar a um estágio. E, neste caso, era um estágio na ESP. [00:09:34] Speaker A: Certo. [00:09:34] Speaker B: E, pronto, fiz a self-tape e fiquei. E depois, quando me mandaram o perfil da personagem, eu até lembro de ligar à Mónica, que é a nossa chefe de estágio. Sim, orientadora de estágio. Estás a dizer, está certo, sou padre. com esta cara a fazer de padre, foi assim muito estranho e mesmo enquanto estava a gravar a novela toda a gente gozava na brincadeira de, tens nada a cara de padre e depois realmente não tenho mesmo nada. [00:10:06] Speaker A: E correu bem? [00:10:07] Speaker B: Correu bem, mas nunca consegui terminar porque depois veio os morangos com açúcar e tive que sair, portanto sim. E foi bom porque não teve consequências diretas na história porque era elenco adicional também. Então foi tranquilo. [00:10:22] Speaker A: Mas do que fez? Do que fez do padre? Foi difícil vestir a pele de um padre? É difícil entrar na cabeça de um padre? De alguma forma falou com algum padre para... [00:10:32] Speaker B: Não falei, mas por acaso é engraçado. A casa dos meus pais é ao lado de um seminário. Os vizinhos à frente são lá no seminário. Mas nunca cheguei a falar com nenhum padre. Mas também tenho... A minha família sempre teve um... sempre foi muito católico, então acabo inconscientemente. Tenho muitas influências católicas, apesar de não ser nada um católico praticante de todo, e hoje em dia Quanto mais crês, vão-me afastando mais até da religião católica. Mas não... Confesso que não investiguei muito sobre isso, como também era... Queria mais, através do texto que me davam, ver o que é que eu poderia fazer com ele e transformá-lo. Não houve assim uma investigação muito aprofundada sobre essa personagem. [00:11:22] Speaker A: Ok, mas estamos a falar de televisão, televisão por supõe exposição, que apontou-nos até aquele episódio que lhe aconteceu por causa do Zé Maria, mas aquilo que eu tenho lido em algumas intervenções do António sobre a maneira como lida com a fama e a exposição, o António não gosta muito disso. Isto não há aqui um contrassenso, uma pessoa ir para ator, ir para ator com essas características quase de popstar, como estava a dizer, e no fundo também não se sentir confortável com essa exposição. Como é que lida com essa? [00:11:56] Speaker B: Eu acho que estou cada vez a lidar melhor e é um trabalho que tenho feito comigo mesmo, mesmo de ir em eventos e de estar e falar em público, de estar aqui, por exemplo. [00:12:06] Speaker A: É tímido? Estou tímido, estou tímido. [00:12:10] Speaker B: Nesta exposição eu tenho estado a aprender, que faz parte mesmo do trabalho. e tenho feito um esforço para conseguir fazer as coisas bem, mas fico sempre com esta insegurança, com medo às vezes de falar, tenho medo de se calhar o que vão dizer, depois vão pensar e não sei o quê, que não faz sentido. Mas eu sou uma pessoa também muito distraída mesmo de andar na rua, Eu não me apercebo. Às vezes estou com amigos meus ou com as minhas irmãs. Estão a olhar para ti, não sei o quê. Eu nem me apercebo. Nunca me apercebo muito disso. [00:12:45] Speaker A: Não é uma pessoa que procura. Não, não. Mas lidar com esta questão da exposição e saber, no fundo, estar em traspas, digamos assim, é também um segundo papel que tem que representar a par da sua vida profissional nova agora, esta da representação. É muito difícil esse papel de saber lidar com a exposição pública? [00:13:09] Speaker B: Eu tento não pensar muito sobre isso, então não se torna difícil, mas depois... lá está esta coisa de ter que ir a sítios e ter que falar e... energeticamente é uma coisa que me... sai lá muito desgastado porque eu não se... Não sei ainda estar nesses ambientes. [00:13:27] Speaker A: Esta questão de trabalhar com um elenco muito jovem, vocês conhecem pessoas bastante diversas, com posturas diferentes, digamos assim, em termos de lidar com exposição. Há muitas pessoas de fora de Lisboa que tenha vindo a conhecer agora nos Morangos com Açúcar? [00:13:50] Speaker B: Sim. Houve muitas pessoas e isso foi... Houve esse cuidado de descentralizar o elenco, não ser sempre muito do centro. E veio muitas pessoas, muitos atores que vieram do Norte, do Porto, de Coimbra, de Faro. Acho que me estou a lembrar... Danadinha também. [00:14:12] Speaker A: Danadinha. [00:14:15] Speaker B: E eles também... Eu acho que todos... Isto foi... Nós todos estávamos a começar. Claro que já havia, assim, duas ou três pessoas que já tinham... Sim, mais posição também. Mas, de resto, foi assim, estávamos todos a começar. Então, acabámos por abraçar muito enquanto família e ainda somos todos muito amigos e seguramos-nos todos muito uns aos outros nesta subida que está a ser de exposição e de carreira. E criámos todos, assim, uma grande amizade. [00:14:43] Speaker A: Deve ser muito difícil para pessoas vindas de fora de Lisboa, ou não tão próximas de Lisboa, poderem, digamos assim, suportar esta vivência o mais dentro possível da cidade, não é? Sim. Vocês falam muito sobre isso, sobre estes problemas? [00:14:59] Speaker B: Falam muito sobre isso, também por ser um elenco muito descentralizado, e nesse lado eu sentia muito um privilegiado de... de não ter que estar a pagar uma renda por ter casa dos meus pais, mas estas pessoas vêm para aqui trabalhar, mas entretanto o trabalho acaba e têm que continuar a pagar uma renda e têm que... E é esta coisa que ou estás aqui no centro de Lisboa ou então não vais ter quase acesso nenhum ao mercado de trabalho que existe em Portugal, parece que existe só em Lisboa. Então há muitos atores que têm que vir de outros distritos para o distrito de Lisboa têm que alugar um quarto, têm que entrar a trabalhar noutra profissão que não a deles para conseguirem pagar o quarto, para conseguirem ter acesso a castings e ao mercado de trabalho e que torna-se muito exaustivo e muito difícil de conseguirem vingar na carreira. [00:15:58] Speaker A: Também há a experiência do teatro, não é? Que é uma linguagem completamente diferente desta, mas calma mais. Calma eu não diria, mas se calhar com outro compasso, outro ritmo, sem rede até, de certa forma. Como é que descreve as experiências de teatro que tem vivido até agora? [00:16:16] Speaker B: As experiências de teatro, eu andei numa escola, que era a escola da Rita Salema, ainda existe, que é a Trajetória Primordial, E estive lá 4 anos com a Rita Salema e com a Maria Henrique, duas grandes atrizes. E fazíamos sempre espetáculos finais de curso. E sempre foi muita... É uma energia... A energia é diferente todos os dias. Porque o público é diferente todos os dias e é... E todos os dias estamos a contar... Sendo a mesma história, estamos a contar uma nova história outra vez. E isso era sempre muito gratificante e também fazíamos sempre muito mais... Fizemos sempre... Ah, não fizemos uma vez um drama, mas maioritariamente fizemos sempre comédia. [00:16:58] Speaker A: Comédia? [00:16:59] Speaker B: Sim. [00:16:59] Speaker A: Que dizem que às vezes é mais difícil fazer comédia do que fazer os dramas, não é? [00:17:04] Speaker B: Os tempos da comédia são muito difíceis. É mesmo muito difícil também. E foi sempre muito prazeroso também fazer teatro. Eu gostava de fazer agora futuramente. [00:17:16] Speaker A: Mais teatro. [00:17:17] Speaker B: Mais teatro, sim. [00:17:18] Speaker A: Mas teve agora também, recentemente, um projeto de cinema que acabou de filmar em 2023 e que foi estreado agora. Quer falar-nos um bocadinho sobre esse projeto? [00:17:27] Speaker B: Sim. Foi com a Rita Nunes, a realizadora. É falar sobre... É um bocado... Não me lembro... Ah! O Inimigo do Povo, que é uma peça de teatro escrita pelo Ypsen, se não estou a erro. [00:17:43] Speaker A: Certo. [00:17:45] Speaker B: Que fala sobre o que é que... eu não sei se posso fazer spoiler em si. [00:17:50] Speaker A: Se fica a responsabilidade do António. [00:17:52] Speaker B: Não, eu vou enrolar a primeira peça. Fala um bocado sobre o que é que vale mais. Tens de repente dois... basicamente no inimigo do povo é uma história que é um médico muito bem consagrado numa aldeia e nessa aldeia vão fazer uma estância balnear. E já estão as obras a acontecer, já está tudo a acontecer, vai abrir a substância Balnear, foi um investimento enorme. Este médico fez um... investigou a água e percebeu que a água estava contaminada e que se as pessoas dessem mergulhos naquela água iam ficar doentes e iam haver imensas mortes e de repente ele fica com esta coisa na mão de nós temos que avisar a população que ninguém pode ir para aquele mar mas se avisarmos vamos ter consequências porque vamos chegar a sair o dinheiro que investimos e ninguém vem para aqui mas se não avisarmos as pessoas vão morrer e isto na história do melhor dos mundos do filme também passa por muito sobre isso há possibilidade de haver um temor de terra e o que é que fazemos de repente temos este 50-50 o que é que fazemos avisamos a população ou não avisamos a população se avisarmos a população vão haver Pode-se salvar muitas vidas, mas também pode-se salvar muitas mortes de pessoas a fugir, acidentes de carro, as malas, o pânico. Imagina que não houve um terramoto e as pessoas vão morrer. Então fica sempre assim essa dúvida. [00:19:20] Speaker A: O António gosta de viajar, mudando agora, fugindo aqui um bocadinho ao tema da representação. [00:19:24] Speaker B: Gosto de viajar. Tenho explorado mais isso também, porque eu sou muito... gosto muito da minha casinha, dos meus animais. [00:19:31] Speaker A: Caseiro. [00:19:32] Speaker B: Sou caseiro, gosto de estar com os meus animais. Pronto, sou uma pessoa muito casada nesse aspecto. Mas gosto. Eu digo sempre que não quero, não quero, não quero, mas depois quando vou, acabo sempre por gostar. [00:19:44] Speaker A: E viagens de carro? Costuma fazer? [00:19:46] Speaker B: Costumo fazer viagens de carro, sim. Vou muito para Grândola, que os meus pais vivem muito também em Grândola. Têm lá uma casa na vila. Fazemos lá muitas viagens e depois ficamos muito para a praia também. [00:19:58] Speaker A: Muito dispersados. [00:19:58] Speaker B: São muitos quilómetros também. [00:19:59] Speaker A: Assim, alguma viagem de sonho de carro gostasse de fazer? [00:20:04] Speaker B: Gostava muito de, um dia, a minha irmã vive na Suécia e ela já fez esta viagem de Suécia até Portugal de carro. [00:20:11] Speaker A: De carro? [00:20:12] Speaker B: Segunda-feira? Quatro dias? [00:20:14] Speaker A: Cinco? [00:20:15] Speaker B: Sim, se não estou a erro. Ela diz que é uma viagem incrível e que recomenda. Portanto, gostava de um dia de Portugal. [00:20:21] Speaker A: Será um projeto para o futuro. António, muito obrigado pela disponibilidade, obrigado pela sua presença, obrigado por nos ouvirem. O ACP Podcast regressa em breve para mais uma edição. Pode ouvir-nos no Spotify, Soundcloud, Applecast e nas redes sociais do Automóvel Clube Portugal. Obrigado. [00:20:37] Speaker B: Obrigado.

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