Episode Transcript
[00:00:07] Speaker A: Sejam bem-vindos a mais uma edição do ACP Podcast. O meu nome é Ricardo Paz Barroso, sou jornalista da revista do ACP e é com todo o gosto que hoje temos connosco Duarte Guedes, CEO da Aerts, uma renta-car das maiores que opera em Portugal, um setor muito importante em termos de contributo para a economia do turismo, que é uma das principais fontes de receita atualmente em Portugal e, portanto, será com todo gosto que nós vamos também tentar perceber como é que as renta caras se posicionam neste momento. Eu começava por perguntar ao Duarte qual o papel da Aerts na experiência dos viajantes, já que o mercado do turismo é um mercado importante para vocês.
[00:00:52] Speaker B: Ora, bom dia.
Sim, é um mercado muito relevante para as empresas de renta cara e que tem crescido muito.
nos últimos anos, como é notório, o setor turístico tem impulsionado a economia portuguesa e para os rentacarros é de extrema importância jogar esse papel na mobilidade dos nossos turistas. Como complemento de um puzzle de mobilidade que tem, enfim, aeronáutica, ferrovia, mobilidade mais micromobilidade nas cidades, etc, nós desempenhamos um papel, na nossa opinião é bastante importante, de mobilidade pelo território nacional, mobilidade livre, e é bastante relevante, e uma vez que estamos aqui numa casa ligado ao automóvel, os renta-cargos já representam cerca de um terço dos carros registados ou matriculados em Portugal, portanto é um setor com peso.
[00:01:49] Speaker A: Muito, muito dinâmico, não é?
[00:01:51] Speaker B: Certo, certo.
[00:01:52] Speaker A: E falou aqui numa questão da mobilidade porque a Hertz é um parceiro de mobilidade, ou seja, nós estávamos agora neste arranque de conversa um bocado direcionados para o turismo, mas a Hertz não é só trabalhar para os turistas, digamos assim.
De que forma é que a Hertz consegue ser um parceiro de mobilidade?
[00:02:09] Speaker B: Terminando o tema anterior, ou seja, ir pegando nesta questão que coloca, obviamente que a Ayrton, sendo uma marca centenária e foi a marca que nos Estados Unidos, há 1918, iniciou este conceito de aluguer de viaturas, transmite alguma confiança e, portanto, é uma marca que está presente há muito tempo e as pessoas quando pensam em mobilidade, quando pensam em neste segmento dá algum conforto pensar em marcas, enfim, com alguma importância, como é o caso da Hertz.
[00:02:46] Speaker A: Mas, por exemplo, a Hertz, quer dizer, tem mais do que o carro só para fazermos um Porto-Lisboa numa viagem de negócios. Tem outros serviços.
[00:02:55] Speaker B: Certo, certo. Ou seja, dentro da utilização do automóvel temos desde o aluguer clássico, diário, que as pessoas conhecem, soluções também mensais, para empresas e particulares. Temos até soluções à hora, no caso do sharing de carrinhas comerciais que encontrem alguns parceiros nossos, como é o caso da Leroy Merlin e do IKEA.
Enfim, e depois passando por aqui a motos, de mototurismo, tendas no Tijadilho de Carros, que é o nosso serviço.
[00:03:33] Speaker A: É aquela solução que permite uma pessoa transportar a tenda em cima do carro, montá-la sem, digamos certo, deslagar o carro.
[00:03:40] Speaker B: É uma parceria que temos há alguns anos com a Top Tent, que é uma empresa que faz esse tipo de tendas, e alugamos, enfim, a alguns clientes estrangeiros e nacionais, viaturas com a tenda montada em cima para um...
[00:03:54] Speaker A: O Duarte já experimentou.
[00:03:55] Speaker B: Não, de todo. Eu sou mais hotel. Eu sou mais versão de Xamã.
[00:03:59] Speaker A: Normal.
[00:04:00] Speaker B: Mas há todo um segmento, talvez um pouco abaixo da minha idade, que gosta que gosta dessa experiência. Eu sou mais hotel, confesso.
[00:04:11] Speaker A: Mas tem um lado prático.
[00:04:12] Speaker B: Muito prático, muito prático.
[00:04:14] Speaker A: Do fundo, não andarmos com uma, sei lá, uma caravana atrás ou não andarmos com uma tenda para montar noutro sítio, termos o carro protegido, connosco a dormir em cima dele.
[00:04:26] Speaker B: Ao levar a família toda. Ou seja, iniciámos já há uns anos, reforçámos a comunicação no tempo da pandemia, quando apareceram os sinais vermelhos nas praias e no fundo.
se lançarmos esse produto como um convite a explorar outras zonas não tão condicionadas e mais afastadas e pronto, é algo que tentamos estar sempre presentes nessa...
em várias partes da mobilidade, mas para além do aluguer também temos uma forte componente de que às vezes as pessoas não conhecem, mas já fazemos muitos negócios nesse segmento. Porque as pessoas, como digo, em termos de confiança da marca, vendemos viaturas usadas com o nosso nome próprio.
no site Herdes Carros Usados, numa altura em que as pessoas confiam na marca, sabem que temos o histórico da manutenção do carro, procuram uma relação qualidade-preço, e nos dias de hoje é cada vez mais importante.
E, portanto, eu diria que não só no segmento aluguer de compra e nos vários produtos de aluguer e prazos de aluguer, tentamos estar presentes na mobilidade como um todo.
[00:05:39] Speaker A: Há uma ideia, eu arriscaria a fazer aqui uma pergunta, há uma ideia relativamente geral de que o carro alugado é maltratado. Vocês têm essa experiência? Sentem isso na maneira como vos entregam os carros?
Ou os carros preservam uma, digamos, um tratamento perfeitamente normal e as pessoas que tratam mal são uma parte muito mais pequena?
[00:06:03] Speaker B: Sim, eu diria que sim. Obviamente que pode haver más utilizações, às vezes até Até não tanto os carros, enfim, de passageiros, mas pode haver nos carros comerciais alguma utilização intensiva.
[00:06:16] Speaker A: Sim, sim, sim.
[00:06:16] Speaker B: Mas eu acho que o maior testemunho que a gente pode dar é que já vendemos, enfim...
uma larga quantidade, há vários anos, a clientes particulares que voltam a comprar e os nossos indícios de satisfação com o produto é enorme. E tentamos fazer uma transparência muito grande. Como lhe disse há pouco, temos o histórico de manutenção, temos uma política inovadora das pessoas poderem levar o carro para casa durante três dias.
[00:06:41] Speaker A: E perceber se de facto não é isto que...
[00:06:44] Speaker B: Não precisa que fazer aquele famoso test drive com o vendedor ao lado.
[00:06:48] Speaker A: O vendedor ao lado, exato.
[00:06:49] Speaker B: Leva a casa, leva o seu mecânico, leva a sua esposa ou o seu marido, vê se as malas cabem, etc. Portanto, é uma política muito transparente e as pessoas estão muito abertas hoje em dia. É uma qualidade de preço que já não há há muitos anos, que era o carro novo, que tinha que ser o carro novo, que eu já via.
[00:07:06] Speaker A: Já tem.
[00:07:08] Speaker B: Transparência, há feedbacks, enfim, redes sociais. Hoje em dia somos todos nós.
[00:07:14] Speaker A: Crotinados de uma forma diferente.
[00:07:16] Speaker B: Somos escrotinados e bem, pelo consumidor. E portanto eu diria que o melhor testemunho daquilo que é a qualidade dos nossos carros é o facto dos clientes comprarem no território nacional. Obviamente aqui não falamos dos turistas. Claro. Comprarem os nossos carros.
[00:07:30] Speaker A: Misturando turistas, cliente nacional, há sempre uma ideia subjacente aqui. O automóvel é um objeto de liberdade?
[00:07:37] Speaker B: Sim, nós acreditamos convictamente que é um objeto de liberdade e que deve continuar a ser.
Numa altura onde às vezes parece haver focos de guerra ao automóvel que não são de todo saudáveis e o automóvel e a liberdade de nos movermos livremente é uma conquista, isto até na palavra do CEO da Stellantis uma liberdade conquistada pelas pessoas há muitas décadas.
[00:08:10] Speaker A: Exatamente.
[00:08:11] Speaker B: E que tem que ser mantido e que tem outros benefícios, tem outros benefícios em termos daquilo que falamos de sustentabilidade, etc. Mas para nós é, obviamente, que muito liada à nossa atividade, mas acreditamos, como missão, que essa liberdade deve ser mantida.
[00:08:29] Speaker A: O automóvel tem sido muito demonizado, nomeadamente através de algumas decisões de instâncias europeias.
Há aqui uma certa confusão, vive-se aqui um ambiente muito, eu chamar-lhe a tenso, entre fabricantes, entre clientes e entre autoridades ou legisladores, não é? E, portanto, há aqui uma fase de definição.
Eu perguntava-lhe, como é que a Aerts encara esta questão da sustentabilidade?
[00:08:55] Speaker B: A sustentabilidade para nós é um fator abrangente. Eu percebo que as pessoas quando nos perguntam, enfim, à Aerts ou a outra empresa, do nosso setor, como é que encara a sustentabilidade, as pessoas querem saber de carros elétricos. E para nós a definição de sustentabilidade vai muito para além disso.
[00:09:14] Speaker A: Ou seja, se me permitir vou deixar.
[00:09:17] Speaker B: Os carros elétricos para o fim.
[00:09:18] Speaker A: Combinado.
[00:09:20] Speaker B: Sustentabilidade. Nós somos um modelo desde a nossa, como indústria, concepção de partilha.
Portanto, está imbuído na nossa atividade ser um instrumento de partilha. Ora bem, a partilha, como toda a gente sabe, dá ativos, é um dos pilares da sustentabilidade.
Se, pegando no início da conversa, quando me perguntou sobre o turismo, se eu pensar que sustentabilidade é também levar turistas a pontos interiores do país e não só dentro da cidade, aquilo que até o governo e o turismo em Portugal consideram como um objetivo de deslitoralização da atividade turística.
[00:09:59] Speaker A: Exatamente.
[00:10:00] Speaker B: Também podemos encaixar isto aqui na sustentabilidade.
[00:10:03] Speaker A: Sem dúvida.
[00:10:03] Speaker B: É importante que as pessoas possam visitar o interior do país, que nasça uma economia no interior do país, que as pessoas possam viver no interior do país.
[00:10:11] Speaker A: Sem dúvida.
[00:10:12] Speaker B: E, portanto, para nós isso é tudo sustentabilidade. Obviamente que internamente nós fazemos um trabalho nesse sentido, temos uma certificação dada pelo Turismo de Portugal que é algo que está ao alcance de qualquer empresa hoje em dia ligada ao setor turístico de ter um framework para poder medir a sustentabilidade das práticas, no caso, enfim, das siglas ESG que, como sabem, vão para além da parte ambiental, mas também da parte social, ligado àquilo que eu falei há pouco. Portanto, temos essa certificação e medimos anualmente o nosso impacto.
digamos. Por fim, sim, estamos no, somos uma parte do setor automóvel, portanto o setor automóvel ao eletrificar-se e vai continuar a eletrificar-se, penso que temos todos, enfim, a noção disso, mais rapidamente, menos rapidamente, com mais híbridos, com menos híbridos, metendo hidrogênio à mistura, é uma tendência.
Agora, achamos que, como dizia outro dia um professor conhecido, que não pode ser uma revolução. É o que chamamos de transição. E tem que ser uma transição.
Tem que ser uma transição. Não pode ser forçada, imposta, que metem em risco a tal liberdade e acessibilidade das pessoas a um produto de mobilidade individual.
[00:11:36] Speaker A: E a própria empregabilidade do setor também. São 14 milhões de pessoas na Europa.
[00:11:41] Speaker B: Exatamente.
Nós somos uma derivada, enfim, desse setor e hoje em dia temos a Alemanha, a Itália com grandes desafios neste processo de eletrificação.
Aqui no nosso pequeno, vá lá, no nosso mundo do aluguer, eu acho que percebe perfeitamente Para nós é uma transição também que tem que ser pensada, porque se eu perguntar ao Ricardo se vai à República Checa, quer um carro elétrico, vai ter algumas resistências. E é compreensível ao que serve, porque o Ricardo não sabe onde é que se vão carregar os carros, por melhores esforços que as empresas façam e fazem, no sentido de educar os clientes, porque nós hoje em dia estamos comprometidos a tentar tirar obstáculos para a adoção dos carros elétricos, mas a verdade é que há uma resistência. E no nosso setor, vai lá na curta duração, na componente de curta duração, de um cliente que nos visita esporadicamente, a resistência é muito maior do que num segmento de longa duração, onde há uma frota e a pessoa pode carregar em casa, no escritório, que é completamente diferente. E, portanto, Aquilo que nós... Uma coisa.
[00:12:53] Speaker A: É integrar a rotina de um elétrico no nosso cotidiano, havendo também estrutura para ele.
[00:12:58] Speaker B: Que tem imensas vantagens.
[00:12:59] Speaker A: Que tem imensas vantagens. E outra coisa é nós queremos pontualmente fazer uma coisa fora da caixa, chamemos-lhe assim, uma viagem a auguros.
E não termos que dar... Temos aulas de 6.
[00:13:08] Speaker B: Temos aulas de 6. Não queremos, estamos numa, enfim, não só numa viagem profissional onde temos metas para fazer, uma viagem de lazer onde não temos que ter essa dor de cabeça.
As coisas vão evoluindo e eu acho que há sinais que as coisas vão evoluindo.
[00:13:22] Speaker A: Já evoluíram muito.
[00:13:23] Speaker B: Já evoluíram muito e temos uma rede até em Portugal que é bastante boa quando se fala a nível europeu e não só, mas o cliente continua com muita resistência e cá nos andamos também Enfim, tentar tirar esses obstáculos e também todas as oportunidades que tivemos de dizer que as tais forças a nível fora de Portugal que não ditem algo que, como eu digo, vai pôr em risco a acessibilidade das pessoas à mobilidade individual ou acesso ao interior.
Toda esta transição, como se sabe, tão bem como eu, tem imensos custos. Mas é um fator presente, medímo, olhamos para ele de uma forma abrangente, mas pragmática.
[00:14:12] Speaker A: Mas isto também acarreta aqui uma noção de responsabilidade social. Embora a definição de responsabilidade social seja mais precisa e separada daquilo que é sustentabilidade, eu acho que são dois temas conectos.
[00:14:24] Speaker B: Sim, ou seja, Quando falei na primeira parte da sustentabilidade, foi também numa vertente social, económico-social. E obviamente que na sigla ESG, o S no meio, está lá a peça. É o social. Mas tem a ver também com a relação...
Exatamente, exatamente.
[00:14:45] Speaker A: Para quem não domina assim.
[00:14:46] Speaker B: Todos muito importantes.
As pessoas focam muito na parte ambiental, mas os outros são fundamentais.
os problemas que houve nos últimos, há 20 anos, até em Portugal, em empresas conhecidas de outros setores.
[00:15:05] Speaker A: Certo.
[00:15:05] Speaker B: São temas de governance. Exato. Portanto, é fundamental para a sustentabilidade do emprego, das economias, são os tarefos muito importantes. Obviamente que o social depois leva-nos também para uma ótica da relação das empresas com os seus colaboradores.
[00:15:20] Speaker A: Exato.
[00:15:21] Speaker B: Tudo isso é importante.
Enfim, numa vertente mais de responsabilidade social, aquilo que as pessoas têm mais...
visibilidade nisso. Obviamente também temos as preocupações sempre ligadas à nossa área da mobilidade. Dou-lhe dois exemplos. Nós, enfim, colaboramos com a mobilidade nas campanhas do macroalimentar a nível nacional, é um exemplo. Outro também a nível de mobilidade com uma associação que é a Just a Change, que faz um trabalho super maritório na recuperação de, enfim, ajuda a uma habitação mais condigna, ou seja, os apoios sociais não vão a todos. Temos um grupo de jovens que passa as suas férias voluntários a reconstruir casas e a tratar daquilo que se chama pobreza habitacional, que tem números, enfim, graves e, portanto, tentamos aí dar um Obviamente que o grande papel é das pessoas que estão lutando.
[00:16:15] Speaker A: Claro que sim, mas todos os contributos são importantes para ajudar a concretização.
Eu lançava agora aqui um pequeno desafio, se me permitir. Eu vou chamar-lhe uma espécie de perguntas de resposta rápida, um isto ou aquilo, não sei se aceita.
[00:16:34] Speaker B: Certo, ok.
[00:16:36] Speaker A: Eu começava por lhe perguntar, combustão ou eletricidade? Eu sei que já falou há um.
[00:16:39] Speaker B: Bocadinho, mas...
Só menos óbvia. Se for uma lógica de cliente... Enfim, eu posso dizer que conduzo um carro elétrico no meu dia-a-dia.
[00:16:47] Speaker A: Ok.
[00:16:47] Speaker B: Portanto, não pensem que está aqui um...
Um antigo. Um antigo.
[00:16:51] Speaker A: Não, eu acho que não, nada...
[00:16:53] Speaker B: Não, uma lógica, como dizia há pouco, do cliente...
do nosso cliente na curta duração, há uma procura maior por combustão.
[00:17:00] Speaker A: Combustão, ok.
[00:17:02] Speaker B: Sim, porque isto, as perguntas… Isto explica o porquê.
[00:17:04] Speaker A: Exato. As perguntas, já agora, para também definirmos aqui um bocadinho o critério de resposta, é um bocadinho mais na base da… Dos clientes. Dos clientes, exatamente, ok. Campo ou cidade?
[00:17:15] Speaker B: Eu acho que nos últimos anos há mais campo. No sentido em que há mais interior.
[00:17:23] Speaker A: O tal interior que falávamos.
[00:17:24] Speaker B: Há mais interior. É algo que nós notamos.
A cidade tem montes de alternativas de mobilidade dentro da cidade.
E, portanto, eu acho que tem havido, enfim, talvez até num fenómeno global pós-pandemia da pessoa sair da cidade.
Essa mentalidade ficou estadias mais prolongadas, clientes que hoje em dia podem levantar um carro no porto e devolver no Algarve e passam clientes estrangeiros por praias fluviais que eu próprio não conheço.
[00:17:56] Speaker A: E que são excelentes.
[00:17:57] Speaker B: E que são espetaculares. E, portanto, há uma tendência maior de campo.
[00:18:03] Speaker A: Planeamento ou last minute? Como é que é o cliente quando chega à Airbus, ele é mais direcionado?
[00:18:09] Speaker B: Hoje em dia é cada vez mais last minute.
[00:18:11] Speaker A: Last minute.
[00:18:11] Speaker B: É, eu acho que há, enfim, refletido naquilo que posso refletir durante um bocadinho sobre o tema, temos o advento há umas dezenas de anos do tema das low-costs.
[00:18:24] Speaker A: Certo.
[00:18:24] Speaker B: Das companhias aéreas low-cost que permitem pela acessibilidade de preços, de viajar de um lado para o outro, uma decisão mais last minute, ver como está o tempo, city break, mais last minute. Há planeamento, sobretudo nas gerações mais novas, mais de metade usa o Instagram para planear as suas viagens, mas é um planeamento que se consegue fazer mais em cima da hora.
[00:18:54] Speaker A: Mais flexível.
[00:18:55] Speaker B: Mais flexível, ou seja, é permitido comprar o bilhete de avião, ter ali várias ferramentas tecnológicas digitais para poder escolher o que é que eu vou fazer no fim de semana, vou jantar ali, vou comer aqui, vou fazer este passeio, mas em termos globais mais last minute, definitivamente.
[00:19:12] Speaker A: Falou-me uma questão importante, por exemplo, levantar o carro no Porto e entregá-lo no Algarve, permite perfeitamente uma pessoa querer passar 4 dias em Portugal, aterrar no Porto...
[00:19:20] Speaker B: Sim, temos um território relativamente pequeno.
[00:19:23] Speaker A: Exatamente. E chegar ao Algarve e ter, ok, está aqui o carro, agora vou-me embora para o meu...
[00:19:28] Speaker B: Mas no termo muito last minute. As ligações, enfim, temos imensas ligações aéreas.
[00:19:34] Speaker A: Este acesso à informação, esta questão do telemóvel...
Sim, dou-lhe aquele exemplo.
[00:19:41] Speaker B: Tenho números sobre isto, mas tenho amigos meus de lá de fora ou colegas de trabalho que dizem Parece que este fim de semana na Nazaré vão estar os 30 metros ou não sei o quê.
[00:19:51] Speaker A: Exatamente.
[00:19:51] Speaker B: Decidem de um ponto para o outro. E é fácil. É bom que assim seja.
[00:19:55] Speaker A: Para a onda da Nazaré. Exato.
[00:19:58] Speaker B: Coloquem-nos mais desafios do ponto de vista logístico para reagir num curto espaço de tempo. Mas sim, lá se domina.
[00:20:04] Speaker A: Ok.
Viagens mais curtas ou de longa duração?
[00:20:09] Speaker B: Se falamos de viagens, eu diria um bocadinho numa média talvez mais longa duração, sobretudo desde a pandemia.
A mistura...
O fenómeno das low-costings, o city-break, já vinha do passado.
A grande transformação... Enfim, depois de demasiado chamar-lhe grande transformação, a mistura no pós-pandemia do...
do trabalho com o laser, do trabalho remoto.
[00:20:38] Speaker A: Do trabalho remoto, exatamente.
[00:20:39] Speaker B: Dos zooms e dos teams que nós não tínhamos há...
Sem dúvida, 5 anos. 5 anos não tínhamos isso.
E, portanto, eu diria que a tendência vai mais numa ótica de um bocadinho mais longa duração.
pelo segmento que consegue, com alguma flexibilidade, trabalhar e desfrutar remotamente.
[00:21:01] Speaker A: Eu faço-lhe uma última pergunta, porque já tínhamos pano para a morte das mangas, mas tentando aqui fechar de uma maneira, com uma curiosidade minha, que é, falou que há cada vez uma maior tendência para o last minute.
O last minute às vezes pode ter ali alguns pontos, digamos, em aberto.
e sendo uma renta-car, neste caso a Hertz, digamos, o primeiro rosto a quem a pessoa se dirige para, no fundo, entrar nesta nova realidade de passeio, a Hertz tem alguma maneira de incentivar, de sugerir roteiros, de... vocês praticam essa, digamos, essa simpatia, chamemos-lhe assim, não é?
[00:21:46] Speaker B: Um momento nosso que é muito baseado nisso, que é a questão da Hertz Ride, das motas, Passeio. Aí... Explique-nos. Aí...
Sim, são...
Alugamos motas de...
Maiores de mototurismo.
[00:21:59] Speaker A: Certo.
[00:22:00] Speaker B: Para clientes obviamente experientes. Claro.
No mototurismo.
E aí há uma procura grande do cliente pela parte de sugestões. Enfim, fazemos rotas.
Não só em Portugal como fora de Portugal.
E aí há uma procura e essa interação do cliente a pedir.
[00:22:20] Speaker A: Ou...
[00:22:22] Speaker B: Enfim, os nossos tours marcados ou tours self-guided tours com GPS. Há essa procura. Nos automóveis, embora a gente faça alguma coisa em tema de redes sociais, Isto.
[00:22:36] Speaker A: É que no site vocês também têm uma componente informacional.
[00:22:40] Speaker B: Sim. Eu diria que não é a nossa missão.
[00:22:44] Speaker A: Certo.
[00:22:44] Speaker B: Não é a nossa missão. Ou seja, como eu lhe digo, como disse há pouco, há uma procura grande nas redes sociais para a pessoa, sobretudo das gerações mais novas, uma dependência grande no sentido em que conseguem planear as suas viagens e o que querem fazer com base naquilo que consultam nas redes sociais. Ou seja, não é bem a nossa missão andar a vender roteiros.
Obviamente que a interação com as nossas pessoas, com os nossos colaboradores se nos for solicitado nós temos que ter lá, temos que saber dar as dicas, portanto nesse sentido sim, mas nunca é uma coisa forçada, o nosso trabalho é fazer parte, enfim, das férias da pessoa, na componente mobilidade, e que tudo corra bem.
[00:23:31] Speaker A: E dar o máximo conforto.
[00:23:33] Speaker B: Dar o máximo conforto, que tudo corra bem.
E aí contamos com o ACP assistência na assistência aos nossos veículos em estrada quando as coisas não correm bem. Mas é isso que temos que nos focar. Fazer bem o nosso trabalho.
Ter um produto acessível, prático, conveniente para as pessoas.
E trabalhamos muito nisso e ainda temos um caminho longo a fazer nessa área.
E quando nos é pedido, enfim, algo mais, termos a capacidade de dar-lhes algo mais.
[00:24:03] Speaker A: Claro que sim.
Foi um gosto conversar com o Duarte.
[00:24:06] Speaker B: Muito obrigado.
[00:24:06] Speaker A: Fiquei a perceber muito mais sobre esta questão e o papel das renta-carro neste momento.
Eu despeço-me. Podem ouvir o ACP Podcast nas redes sociais, no, deixe-me cá ver se eu não me engano, no Apple Cast, no SoundCloud e Spotify.