"O marketing não me realizava, queria impactar os outros"

Episode 54 November 21, 2024 00:20:00
"O marketing não me realizava, queria impactar os outros"
ACP - Automóvel Club de Portugal
"O marketing não me realizava, queria impactar os outros"

Nov 21 2024 | 00:20:00

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Show Notes

Miguel Lambertini já fez coisas mais sérias, mas hoje diverte-se mesmo é a fazer humor. Esta semana, leva-nos numa conversa em que aborda o seu percurso profissional, das razões pelas quais mudou por completo a sua vida e, claro, da sua relação com o automóvel.

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Episode Transcript

[00:00:08] Speaker A: Sejam bem-vindos a mais uma edição do podcast do Automóvel Clube Portugal. O meu nome é Ricardo Paz Barroso, eu sou jornalista da revista do ACP e connosco temos hoje Miguel Lambertini, humorista e ator. O Miguel tem já um currículo considerável no panorama do humorismo e da representação em Portugal, com presença no teatro, na televisão, na publicidade, mas acima de tudo stand-up. [00:00:29] Speaker B: Sim. [00:00:30] Speaker A: Certo, não é? Ora, mas eu gostava de começar antes, por outro lado, se me permitir, Miguel, que é a sua decisão de, aos 36 anos, sair de uma multinacional, a Delta, podemos dizê-lo, depois de 12 anos a trabalhar em marketing e comunicação, para abraçar esta carreira. Ganda maluco? Ou nem parece? [00:00:51] Speaker B: Exatamente. Ganda maluco é normalmente... Eu penso que é uma expressão adequada para aquilo que... Há quem diga que foi realmente uma decisão de coragem. mas eu acho que foi mesmo inconsciência. Mas enfim, foi uma decisão que eu senti que não podia adiar mais, porque de facto, apesar de eu estar muito confortável a fazer aquilo que fazia, senti que era uma coisa que não me realizava e, portanto, precisava mesmo de fazer alguma coisa que eu sentisse que tivesse um impacto nos outros. E então tomei essa decisão, conversando obviamente com a minha mulher. [00:01:30] Speaker A: Pois é isso, já tinha um contexto que já não era, já não é o travel alone, é já. [00:01:35] Speaker B: Sim, foi mesmo um nível avançado. Exatamente. E aliás, tínhamos um filho que tinha nascido há pouco tempo, acho eu, não tinha talvez um ano francês, que é o nosso filho mais velho. Portanto, teve que ser uma coisa muito ponderada. [00:01:51] Speaker A: Claro. [00:01:52] Speaker B: Mas tive todo o apoio dela e felizmente foi uma decisão que hoje em dia me sinto muito feliz por ter tomado, porque realmente correu bem e o retorno que eu tenho hoje em dia é bastante positivo e isso deixa-me feliz. [00:02:07] Speaker A: Não foi um atrevimento, foi um acto de coragem. [00:02:11] Speaker B: Sim, de certa maneira acho que foi, no fundo, teve que ser. Não havia outra opção e acabou por acontecer muito por dois acontecimentos que surgiram na minha vida. O primeiro foi esse, como já referi do nascimento do meu filho, e em simultâneo a morte de um grande amigo meu, que era meu colega da faculdade e com quem partilhávamos já muitas destas brincadeiras que íamos fazendo, desde as aventuras, vídeos, pequenos sketches, coisas assim divertidas e que era uma pessoa que... Trabalhava, portanto, numa área, mas não estava satisfeito e teve uma morte inesperada de um dia para o outro. E isso fez-me pensar que, de facto, a vida são dois dias. Parece um clichê, mas é verdade. Passa num instante e, portanto, nós temos mesmo que abraçar aquilo que nos deixa felizes e que nos privilega. [00:03:09] Speaker A: E dar os primeiros passos depois dessa decisão? Como é que isso aconteceu? De repente há um vazio, não é? [00:03:17] Speaker B: Sim. [00:03:18] Speaker A: Não há rutinas, não há horários, não há... [00:03:20] Speaker B: Exato. Essa é a parte mais difícil. [00:03:22] Speaker A: Há uma parte logística, quem diz, uma disciplina e digamos uma... E eu então. [00:03:27] Speaker B: Que sou super indisciplinado e tenho muita tendência para me perder, esse foi o exercício mais difícil de fazer, de me organizar, Mas, lá está, até a tomada da decisão e ao dia em que efetivamente saí da Delta fui trabalhando muito essas competências. Sim, fui tentando. [00:03:47] Speaker A: Imaginando as situações. [00:03:48] Speaker B: Exatamente, e perceber como é que eu poderia... Ok, então a partir de agora esta é a decisão, o que é que eu vou fazer? Tive a vantagem de... precisamente como trabalhei muitos anos na área de marketing, da comunicação, com alguma ligação a eventos, de ter reunido uma rede de contatos que me permitiu, na altura quando eu saí, apresentar-me ao mercado como uma alternativa, digamos, para... Ou seja, como alguém que conhece o mercado corporativo e que tem aqui uma proposta de valor interessante para poder animar o evento, porque conhece, digamos, estas duas facetas e isso permitiu-me que é uma coisa que ainda faço hoje em dia, trabalhar muito o lado corporativo, com apresentação de eventos, com stand-up comedy corporativo adaptado às empresas. E, portanto, foi um bocadinho por aí. Depois fiz também uma formação em stand-up comedy. [00:04:39] Speaker A: Pois é isso, quer dizer, também trabalhou, digamos, esse lado, chamemos-lhe académico de aprendizagem e tirou um curso de stand-up? [00:04:46] Speaker B: Sim, tirou um curso de stand-up. Antes de me despedir já tinha feito um curso de um ano de teatro, que é a minha formação de teatro. e de uma escola profissional de teatro. E que foi também uma das coisas que me fez, no fundo, pensar realmente isto é uma coisa que eu gosto muito, que acho que faz parte de mim e, portanto, estou a renegar uma coisa que me é super natural e que faz sentido para mim. depois de ter saído. Fiz então o curso de stand-up comedy e a partir daí fui atirar-me aos lobos e enfim, subir-me aos palcos e. [00:05:18] Speaker A: Começar... Que os lobos foram brancos. [00:05:20] Speaker B: Não, quer dizer, a primeira atuação é sempre ótima, corre sempre muito bem porque é no final do curso em que nós convidamos os nossos amigos todos, a família e tudo aquilo é espetacular. [00:05:29] Speaker A: É sempre um sucesso. [00:05:31] Speaker B: O problema são depois das outras atuações, mas faz parte. E no stand-up é mesmo para a batalha, porque é um bocado ginásio, como eu costumo dizer. [00:05:41] Speaker A: Conseguiu gerir essa ansiedade? [00:05:42] Speaker B: Foi o que fui conseguindo, aos poucos. Confesso que não é uma coisa fácil de gerir, mas lá está. é só fazendo e tendo horas, digamos, de viagem é que uma pessoa consegue crescer. [00:05:58] Speaker A: Miguel funciona aqui um bocadinho como exemplo vivo daquilo que muitas vezes nós vamos lendo. Pessoas que vão fazendo esta coisa que tu és o dono da tua vida, tu é que recomendas isto e portanto quiser aqui um lado Gustavo Santos que às vezes nós... Tentamos, quer dizer, nem valorizar demais mas também não desvalorizar porque aquilo não faz, quer dizer, não é totalmente errado mas é de facto possível uma pessoa reconverter a sua vida toda. Tem sentido como um exemplo? Tem sentido as pessoas que o conhecem, as pessoas que o seguiram, as pessoas que o acompanharam e que o apoiaram tomam-no como um exemplo? Sente esse peso? [00:06:34] Speaker B: Não, não quero. Espero que ninguém me tome como um exemplo porque eu sou... Péssimo exame para todos os níveis. Mas enfim, quer dizer, felizmente comigo as coisas correram bem e obviamente isto é uma maratona, não é um sprint e as coisas aos poucos vão acontecendo e à medida que uma pessoa vai trabalhando vai conseguindo criar outras oportunidades e portanto as coisas demoram, obviamente. Mas, enfim, eu acho que se eu posso dizer, dar algum conselho, é exatamente esse. Eu acho que nós temos que fazer aquilo que realmente nos deixa feliz e não perder tempo com coisas acessórias. e arriscar, enfim. Podia ter corrido mal, felizmente está a correr bem, mas pelo acaso é um caso. Não se despeçam se tiverem a ouvir. [00:07:30] Speaker A: É realmente difícil colocar as pessoas a rir. [00:07:34] Speaker B: Eu acho que é das artes mais complexas, digamos. Até porque lá está, aquilo que faz rir o Ricardo, poderá não fazer rir outra pessoa. Portanto, o humor e uma piada têm várias nuances. E mesmo dentro do amor, há diferentes tipos de humor. Há pessoas que gostam, por exemplo, do humor negro e outras que não gostam nada. Portanto, até aí é difícil conseguir encontrar um público, digamos assim. Mas é uma coisa que também, lá está, se trabalha, não é? E pratica, e há ferramentas. só subir para cima do palco e começar a falar. Ninguém faz isso. [00:08:17] Speaker A: A parte do texto assumem uma importância muito grande. Não é só a linguagem corporal, porque há quem diga uma frase banal e consegue por toda a gente a rir, mas há quem tenha que ir buscar um grande texto para conseguir fazer o mesmo efeito. Claro, sim. [00:08:32] Speaker B: Aliás, até há humoristas e fazem stand-up comedy, que têm quase uma expressão corporal neutra, sem nada, e a grande força deles está efetivamente no texto, portanto o texto é essencial. Eu gosto de trabalhar muito o texto, não sou muito improviso, apesar de já ter até feito improviso, mas gosto de ter sempre Uma rede. Muito bem. O que é que vou dizer e com aquelas palavras... [00:09:02] Speaker A: Eu também, quando faço estes podcasts, também gosto muito. Eu não teste mais ou menos por semana. [00:09:06] Speaker B: Sim, sim. E, portanto, não só em stand-up, faço agora também... três vezes por semana um vídeo na revista NIT, que é quase, digamos, um mini-stand-up, que é um comentário às revistas, às notícias da NIT, e pronto, escrevo o texto, tenho os textos todos escritos, pronto, e de facto esse é o grande... e às vezes um texto é aquilo só vídeos de um minuto, e demoram horas até eu conseguir... [00:09:33] Speaker A: Conseguir, por exemplo. [00:09:34] Speaker B: O texto final. [00:09:35] Speaker A: Do que acompanho do trabalho do Miguel, não acompanho tudo, mas do que fui vendo, noto que às vezes o Miguel também tem uma nota... eu não diria sarcástica, mas às vezes um tom... um bocadinho mais forte. Não sei se concorda, se discorda, se estou a ser injusto, se estou a. [00:09:52] Speaker B: Ser... Claro que estou a usar o... [00:09:54] Speaker A: Isto leva-me a uma pergunta. O Miguel acha que o humor deve ser uma das formas mais livres de expressão ou deve haver limites? É porque no humor é onde normalmente a exposição, digamos, daquilo que são os limites da liberdade de expressão são mais, digamos, sensíveis. [00:10:12] Speaker B: E hoje em dia vivemos uma época em que de facto isso está cada vez mais acentuado, não é? Eu acho que essa é uma clássica pergunta dos limites do humor e eu acho que a resposta, pelo menos para mim, até é relativamente simples. Os limites são todos e nenhum. Para uma pessoa, por exemplo, fazer uma piada sobre microfones pode ser um limite. E para outra pessoa, outra coisa qualquer pode ser o seu limite. O limite está sempre naquilo que é o espectador ou quem está a ouvir a piada. O humorista, acho que o trabalho que tem que fazer é preocupar-se em fazer rir as pessoas. E é assim que eu trabalho. Se eu acho que aquilo que eu estou a dizer tem piada, eu não me vou limitar por determinada coisa. Obviamente, lá está mais uma vez, tipos de humor que Alguns humoristas preferem fazer, outros não. Mas dentro daquilo que é o seu tipo de humor, acho que o limite está mais em quem ouve do que propriamente em quem criou o conteúdo. [00:11:15] Speaker A: Como é que o Miguel idealiza o seu, digamos, o seu ouvinte, o seu espectador? porque obviamente não sabe a todos, não é? Tal como nós jornalistas quando escrevemos não sabemos para quem é que de facto estamos a escrever, mas neste caso os humoristas também devem idealizar uma espécie de espectador-tipo. Imaginam um perfil médio da pessoa que os ouve e que os segue. Como é que faz esse trabalho? [00:11:38] Speaker B: Não, hoje em dia com as redes sociais facilita um bocadinho, não é? [00:11:42] Speaker A: Tem mais feedback. [00:11:43] Speaker B: Tem mais feedback e conseguimos ter também, até especificamente, as estatísticas que indicam se são mais mulheres, mais homens. Por exemplo, no meu Instagram tenho 60 a 40 mulheres versus homens. Portanto, a maior parte do meu target são mulheres. Eventualmente porque eu falo também muito da. [00:12:04] Speaker A: Questão familiar e... E isso acha que puxa mais... [00:12:08] Speaker B: Provavelmente poderá ter dos filhos, etc. Poderá ter um bocadinho mais de apelo. Mas também por causa da questão da nitte que já por si tem um target também mais... Mais feminino. [00:12:19] Speaker A: Exatamente. [00:12:21] Speaker B: Mas não sei, eu gosto de pensar que são pessoas com bom gosto, inteligentes. Mas não faço ideia. Que seja um target normal, urbano, dentro da minha faixa de idades também, entre os 20 e os 45. [00:12:35] Speaker A: Voltando um bocadinho ao princípio, trabalhou também nas produções da Herman Cic, do Herman José. O Herman José está agora a fazer 50 anos, a celebrar até os 50 anos de carreira. como é que se refere a este, digamos, a este personagem mais alto do humor recente português, não é? [00:12:54] Speaker B: Acho que é difícil hoje em dia já encontrar adjetivos para o Herman porque ele de facto é o maior gênio do entretenimento e do humor em Portugal. E continua a ser, isso é que é extraordinário, com 50 anos de carreira. Hoje em dia, ver miúdos com 10 anos, como eu, na altura, quando comecei a ver com as cassetes VHS que o meu pai gravava do tal canal, que eu sabia de corde, hand sketch, e que, enfim, fazia para a minha família, para os meus pais, para a minha irmã. [00:13:28] Speaker A: Fazia iniciação através da própria... Completamente. [00:13:31] Speaker B: Acho que... muitos humoristas em Portugal, a sua iniciação foi precisamente a imitar o Herman, a fazer o sketch do Herman, e isso comigo aconteceu muito. E, portanto, acho muito saudável que ele possa chegar agora a estes 50 anos de carreira e ter, no fundo, esta. [00:13:48] Speaker A: Atenção que é 100% merecido. [00:13:53] Speaker B: E para mim foi obviamente um enorme privilégio poder ter trabalhado com ele quando saí do curso. Eu fiz comunicação social na Católica e quando terminei nós tínhamos que fazer o estágio e então o meu estágio foi no Herman Sic na produção. Eu imaginei, enfim, sempre quis trabalhar na área de televisão, do entretenimento e sendo que o Herman achei que era ou sobre azul. Não sabia eu que estagiário de produção era, no fundo, um eufemismo para escravo. [00:14:32] Speaker A: E há todas. [00:14:33] Speaker B: Porque é uma violência e, ainda por cima, o programa era gravado em direto aos domingos. [00:14:38] Speaker A: Exato. [00:14:39] Speaker B: E, portanto, era muito cansativo. Mas, para o outro lado, lá está. tinha esta grande vantagem de poder privar com o Herma e de vê-lo, no fundo, gerir aquela equipa fantástica de outros atores que trabalhavam com ele, desde a UEF até... Ana Bola, Manoel Marques, Luno Lopes. E foi também aí que eu, que eu, que despoltou a água em mim e que eu pensei, isto é incrível, isto é o que eu gostava de fazer. [00:15:10] Speaker A: E portanto foi mais uma hacha para a fruta. [00:15:13] Speaker B: Foi, foi, mas nessa altura estupidamente achei, pá mas agora já tirei o curso, já, já estou velho, que na altura tinha 24 anos, e achei, agora já estou velho. Meus pais tiveram que investir, eu agora tinha que trabalhar na área da comunicação. [00:15:25] Speaker A: Sentido de obrigação. [00:15:26] Speaker B: Exatamente. E então, enfim, deixei andar. [00:15:31] Speaker A: Outra área onde o Miguel também tem estado presente é na publicidade. A publicidade é uma forma difícil de representação porque é preciso concentrar em poucos segundos uma mensagem, sobretudo através de linguagem corporal. e teve muita repercussão na altura, uma campanha que ajudou o ACP a fazer, que era o Não Sejas Alberto, onde partíamos, ou digamos assim, o Miguel partia melancias mostrando depois em comparação o mesmo efeito numa melancia com um capacete. [00:16:02] Speaker B: Prevenção e valorizarem. [00:16:03] Speaker A: Exatamente. A questão da prevenção... É uma pergunta que eu lhe gostaria de fazer. Ainda há muito por fazer em termos de segurança rodoviária, o que é que acha? Tendo participado nessa campanha e tendo recebido também feedback. [00:16:17] Speaker B: Acho que sim, os estudos indicam que há de facto cada vez mais acidentes, principalmente com os trotinetes e acidentes graves. E eu vejo realmente muitas pessoas a utilizar as trotinetes ainda sem capacetes e mesmo as bicicletas, apesar dos apelos que são feitos por instituições como a ACP e outras associações. E, portanto, acho que devia ser feito um esforço maior por parte das entidades governamentais para tentar melhorar um pouco, porque... Enfim, agora vi também a notícia que vai ser proibida em Espanha, percebeu? [00:16:56] Speaker A: Sim, sim. [00:16:56] Speaker B: A utilização das trocadilhetes alugadas. [00:17:00] Speaker A: Certo, certo. [00:17:02] Speaker B: E talvez possa ser, não sei, não sou muito a favor das proibições totais, mas enfim, quando não se consegue encontrar. [00:17:08] Speaker A: Outro tipo de alternativa... Pode ser uma solução. [00:17:11] Speaker B: Acho que sim, acho que tem que se trabalhar um bocadinho nesse lado, porque realmente há muitas vantagens na mobilidade elétrica. [00:17:16] Speaker A: Não é chamada mobilidade suave. [00:17:19] Speaker B: Exatamente. Eu próprio gosto imenso de ir para a escola de bicicleta com o meu filho. E nas ciclovias sinto-me seguro, mas quer dizer, ainda há um pequeno percurso que fazemos ali em que temos que ir. Não vamos pela estrada, vamos pelo passeio e é chato para todos, quer para os peões e para quem está a andar. [00:17:43] Speaker A: Gosta de viajar? [00:17:44] Speaker B: Gosto imenso. [00:17:45] Speaker A: E de carro? [00:17:46] Speaker B: Também, sim. Gosto de viajar na carro. [00:17:48] Speaker A: Qual é o que o carro assume nessa forma de escape, que é o viajar? [00:17:51] Speaker B: Eu gosto muito de conduzir. Em modo de turismo, digamos, não gosto de conduzir no trânsito. Em viagens, gosto de fazer. As viagens que normalmente costumamos fazer, mais longe, são para o Algarve. Mas, atualmente, o nosso carro vai com 5 pessoas. Portanto, agora tenho 3 filhos. Portanto, são sempre viagens animadas, digamos. Não dá propriamente para ir com aquele espírito de ir a passear, olhar o horizonte e a pensar na vida. Porque há sempre solicitações. [00:18:22] Speaker A: Há sempre uma coisa a acontecer, cumprir. [00:18:24] Speaker B: Exatamente. Portanto, essa é a ideia dele que eu gostava, mas já há alguns anos que não a fotografo. [00:18:29] Speaker A: Só para fazer-te uma pergunta que podes dobrar em duas. Viagem de sonho sozinho ou com mulher, ou viagem de sonho com a família toda. [00:18:37] Speaker B: Sim. Com a família toda, fizemos agora uma, que acho que pode ser considerada viagem de sonho, recentemente, que fomos todos à Eurodisney, agora. [00:18:48] Speaker A: Ah, boa. [00:18:49] Speaker B: E foi, apesar de muito cansativo, foi... [00:18:52] Speaker A: Foi um shot de emoções e de adrenalina. [00:18:55] Speaker B: De sorrir, de olhar para a cara deles, e mesmo para nós aquilo é divertido. e deixa-nos realmente reconfortados. Viagem assim, sozinho? Gostava de fazer, talvez, de mota pelo sul da América. [00:19:14] Speaker A: Ah, ok. [00:19:15] Speaker B: Gostava de... Eventualmente, um dia... Quem sabe. [00:19:18] Speaker A: Resumir a viagem do Che Guevara. [00:19:20] Speaker B: Exatamente. Precisamente porque estava a me lembrar disso. E desde que vi o filme sobre exatamente essa viagem aquilo ficou-me marcado e deve ser incrível poder fazer. [00:19:29] Speaker A: Estou-me a agradecer. [00:19:31] Speaker B: Sim, gostaria muito. [00:19:32] Speaker A: Bom, e assim nos despedimos. Miguel, agradeço-lhe imenso. Tínhamos de chegar para muitas mangas, mas pronto. Obrigado pela sua presença. Obrigado a todos que nos tiveram a ouvir. O ACP Podcast Regresso em breve para mais uma edição e agora deixem-me só enumerar isto. Podem ouvir-nos no Spotify, Soundcloud, Applecast e nas redes sociais do Automóvel Clube Portugal. Obrigado.

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