Episode Transcript
[00:00:07] Speaker A: Sejam bem-vindos a mais um podcast do Automóvel Clube de Portugal. Sou o Mário Vasconcelos e hoje temos como convidado o Tiago Guerreiro, responsável pela comunicação do Museu Bordal Pinheiro, em Lisboa.
Tiago, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite.
[00:00:18] Speaker B: Obrigado, Beu. Boa noite.
[00:00:21] Speaker A: Tiago, os museus deixaram de ser, há uns anos, lugares que aguardavam passivamente por quem quisesse visitá-los e passaram a adotar estratégias mais dinâmicas para atrair o público.
E qual é o papel que a comunicação tem nessas novas estratégias dos museus?
[00:00:42] Speaker B: Eu acho que a comunicação, desde o surgimento, sobretudo das redes sociais, tem tido um papel muito importante.
Há outras estratégias, como, por exemplo, o trabalho com a comunidade, ou seja, o trabalho, sobretudo, desenvolvido pelo serviço educativo, que os museus costumam ter sempre uma equipa de serviço educativo que trabalha com escolas, com séniores, etc.
A comunicação, obviamente, seja visual. Por exemplo, um exemplo muito concreto ali no nosso Museu Bordal Pinheiro, que fica no número 382 do Campo Grande, instalámos lá há três anos uma estátua com uma representação de uma ilustração do Bordal, do Bordal Pinheiro, ao lado de um gado, que é um autorretrato do Bordal.
E qualquer condutor, qualquer motorista que passe em hora de ponta, ou sem ser em hora de ponta, mas ali pelo número 302, vai reparar Aquilo vai-lhe chamar a atenção, não é?
E é muito importante para um museu como o Museu Bordeaux Pinheiro, que é um museu centenário. Foi fundado em 1916 e está numa pequena moradia no Campo Grande. As pessoas às vezes passam à frente da moradia, do portão, e quase não se apercebem. Está ali um museu.
E nesse sentido há, de facto, importante trabalhar-se a comunicação, seja visual, seja no mundo digital, que hoje em dia, obviamente, é incontornável.
[00:02:21] Speaker A: Claro. E nem de propósito, porque nós estamos a falar Até de um exemplo, o Museu Bordal Pinheiro, parece que muita coisa acontece ali. Quer dizer, além do acervo que ele tem da biblioteca, há uma série de atividades que vão acontecendo, penso que ao longo do ano, como as residências artísticas. Quero falar um pouco sobre isso.
Dessa dinâmica que o museu tem.
[00:02:49] Speaker B: O que nos interessa é ter um museu vivo, que tenha pessoas, que as pessoas se interessem por ele. Ou seja, para além da parte expositiva, que é, digamos, o prato forte de um museu, tentamos ter atividades como oficinas, curso desde a cerâmica ao desenho. Neste momento temos um clube têxtil para as pessoas fazerem crochê e tricô.
E estas atividades todas, para todos os tipos de públicos, pessoas com necessidades específicas, para jovens, para crianças, qualquer pessoa tem de ter um ponto de ligação a Bordal.
E Bordal é um mundo, não é?
Não é só os gatinhos e as couves, essas coisas.
Também são as próprias ideias do Bordal, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, o humor. E isso é uma parte.
[00:03:49] Speaker A: A escrita, muito a escrita.
[00:03:51] Speaker B: O Bordal não era um escritor. O Artesiro Jornalista tinha, sobretudo, escreveu também, mas tinha colaboradores literários. Tinha vários colaboradores. Malhor Tigão, por exemplo, era um deles, um dos mais conhecidos.
Mas, voltando às atividades. Temos este tipo de atividades, temos outras coisas como, por exemplo, as residências artísticas.
que eu considero que são importantes até para criar uma ligação entre o Bordal, digamos, o museu Bordal, e a criação artística contemporânea, porque são residências para quatro artistas por ano.
e sobretudo jovens, ou artistas que estejam em início de carreira, não necessariamente jovens em termos de idade, mas jovens como artistas, sendo o museu um single artist museum, ou seja, um museu dedicado a um só autor, ainda por cima do século XIX, início do século XX, há um certo distanciamento, obviamente, com uma pessoa que acaba, por exemplo, Belas Artes, a faculdade, se calhar não pensa imediatamente no Museu Bordal de Pinheiro como um sítio para oportunidades, pensa se calhar no MATE, no MNAC, mas o museu tem tido este trabalho, não só de apoiar a produção artística contemporânea, mas também fazer a ligação entre essa produção artística e a figura e obra do Bordal.
[00:05:17] Speaker A: Mas, Tiago, como é coordenar, em termos de comunicação pura e dura, logicamente uma ferramenta adaptada ao museu?
Como é que se articula, em termos de comunicação, com tanta coisa a acontecer?
Tem uma equipa? Como é que isso se faz?
[00:05:35] Speaker B: Articulamos de museu? Ou seja, eu falo diariamente com o diretor do museu, Nós temos uma equipa pequena, somos 16 ou 17, desde a baleteira até a direção, e falo todos os dias com a direção, com a coordenadora do serviço educativo, com os meus colegas da investigação e da documentação, e isso me permite saber o que é necessário para Estabelecer uma boa relação entre o museu e o que o museu e as pessoas do museu fazem e o público.
[00:06:06] Speaker A: Com o exterior.
[00:06:08] Speaker B: Uma coisa que nós fazemos muito nas redes sociais é usar o humor.
usar o humor e também tornar a comunicação humana. Ou seja, o que acontece muitas vezes na comunicação institucional, não só a nível cultura, mas em geral, é essa comunicação ser muito institucional, por vezes.
Como se do outro lado do computador, no Facebook, tivesse quase um robô.
E nós tentamos humanizar esta comunicação.
[00:06:36] Speaker A: Até porque se trata do Museu Bordal Pinheiro, não é? Acho que faz todo o sentido ir um pouco por aí, pelo muro.
[00:06:42] Speaker B: Faz todo o sentido que a comunicação esteja alinhada com a missão do museu e, neste caso, com o espírito do próprio Rafael Bordal Pinheiro.
[00:06:49] Speaker A: Entre tanto que Bordal Pinheiro criou, a figura do Zé Povinho é das criações mais interessantes.
Até porque não existia nenhuma personagem. Aquilo foi tudo criado por ele. O Zé Porvinho foi o imaginário dele. Não havia nada...
E foi também um canal para ele alertar.
Enfim, consciências num país que na altura, na segunda metade do século XIX, estava em profunda mudança a vários níveis.
Que história é essa do Zé Povinho?
[00:07:26] Speaker B: Muito sucessivamente, já agora o Zé Povinho é talvez a figura ficcional portuguesa mais popular ou que tem superado a prova do tempo.
Porquê? Porque ele, figuro Zé Perfim, nasceu no dia 12 de junho de 1875 no jornal Lanterna Mágica, jornal dirigido pelo Bordal, e faz no próximo ano, em 2025, 150 anos. E ainda hoje Toda a gente fala, mas, enfim, é reutilizado por outros ilustradores e cartunistas, também, muitas vezes, com o mesmo intuito com que o Bordal usou esta sua criação, ou seja, para denunciar, por exemplo, os poderes, para denunciar injustiças, etc.
E realmente é uma figura que... Pessoal, ainda vamos hoje às Tascas, não é? Aqui em Lisboa.
E vemos a figura do Zé Povinho, que foi popularizada também por artesãos.
anónimos, mas que criaram o Zé Povinho, que é fiatoma, não é?
É uma figura que se tornou muito popular.
[00:08:36] Speaker A: Mas, por exemplo, nos escritos que ele deixou, nas notas, não há assim nada que permita descobrir como é que surgiu aquela figura do imaginário dele?
[00:08:48] Speaker B: Não tenho a certeza. Uma boa pergunta. Não tenho a certeza. Talvez.
De qualquer forma, creio que é uma...
O Bordal, quando criou o Zé Provinho, ele está a começar, digamos, a sua carreira como cartunista. Ou seja, ele criou a personagem em 1875. Até 1905, continua a fazer jornais quase durante 30 anos, quase ininterruptamente.
sobretudo numa base semanal.
E o Zé Porvinho fica.
É interessantíssimo.
[00:09:29] Speaker A: E passa do desenho para a cerâmica.
[00:09:31] Speaker B: E passa do desenho para a cerâmica.
[00:09:33] Speaker A: É uma coisa que...
Como estávamos aqui a falar, o Bordal Pinheiro retratou o país dessa época, dos finais do século XIX, através dos seus desenhos para alertar consciências.
Mas, em sua opinião, acha que as classes desfavorecidas percebiam essas mensagens? Ou era, pelo contrário, mesmo sob a forma de desenho, acho aqueles que estamos a falar, de um Portugal muito inculto, muito ilutrado, naquela época?
[00:10:01] Speaker B: Sim, com uma taxa de analfabetização altíssima. Aliás, até para a época, comparando com outros países europeus.
[00:10:10] Speaker A: Mas pelo desenho, que é mais fácil...
[00:10:12] Speaker B: O desenho, há uma tentativa, digamos eu, de bordá-lo democratizar algumas coisas que faz.
Uma delas, talvez a mais conhecida hoje em dia, seja a fábrica de veianças das Caldas da Rainha, onde são criados produtos para vender a uma classe média emergente.
Mas a própria ideia do cartoon do jornal humorístico que já havia, mas não eram tão populares como se tornaram com as criações do Bordolo.
era uma maneira de contar histórias também por imagens.
No século XIX era comum colarem-se as páginas dos jornais, são aqueles jornais do Bordal, como se fossem os inimigos públicos da altura, tinham oito páginas, na média.
E era fácil colá-los, por exemplo, junto aos quiosques, que vendiam os jornais, as publicações, etc.
E as pessoas que passavam, viam.
Ou seja, e além disso, sabe-se que há edições dos jornais do Bordal que tiveram tiragens na ordem dos 25 mil exemplares, se não estou enganado.
Ou seja, é muito para a época.
[00:11:32] Speaker A: Estamos aqui a falar disto e eu acho que, não só isso, se calhar até as classes mais abastadas deliciavam-se a ver os desenhos dele, sobretudo aqueles que não concordavam com o que estava a passar no país naquela época, socialmente e politicamente.
[00:11:52] Speaker B: Poderiam concordar e discordar, porque eram até criticados, e alvos do amor e da crítica de Bordalo, o respeitavam. Porque o Bordalo acaba por, como pessoa, era uma pessoa que tinha uma boa relação com muitas pessoas dos mais variadas áreas das mais variadas classes, podemos dizer, até diferentes famílias políticas, digamos.
Por exemplo, o Gordal era uma pessoa que, ao mesmo tempo que fazia, por exemplo, design e decoração do menu para um banquete, no Teatro Nacional de São Carlos, também era capaz de fazer a decoração numa kermesse ali em Óbidos, para engarear fundos para os bombeiros. Estou a dar um exemplo das coisas que o Bordal era capaz de fazer e como é que ele se movia entre diferentes...
[00:12:49] Speaker A: Na sociedade. Aliás, ele era tido como uma pessoa até afável, e simpático. Ao contrário do irmão colombano, era mais sério, mais sisudo.
[00:12:59] Speaker B: Pois, não vamos falar do colombano, mas houve-se falar muito mal, às vezes, do colombano, enquanto que o Rafael era um bom vivão, era um bom garfo, era uma pessoa que... Vou dar dois exemplos engraçados. Ele vivia no atual Largo Rafael Bordal Pinheiro, ali ao Cheado, e na altura ele não pagava renda, porque o o dono da casa, o seu senhorio, considerava que era uma honra tê-lo lá, como inquilino, então ele não pagava renda. E outra coisa que acontecia era ele ir a restaurantes famosos da época e não lhe cobrarem a refeição, o jantar, sobretudo.
Porque ele conseguia trazer várias pessoas com ele que gostavam de conviver com ele, ouvir as histórias do Bordal.
[00:13:48] Speaker A: E havia uma irmã, não é?
[00:13:49] Speaker B: Porque eu julgo que...
[00:13:52] Speaker A: Eles eram três irmãos dedicados às artes. O Rafael, o Columbano, e uma irmã...
[00:13:59] Speaker B: A Maria Augusta, que trabalhou também as rendas de Bilbo, por exemplo. É uma família de artes.
[00:14:07] Speaker A: E o pai era artista.
[00:14:10] Speaker B: Eles aprenderam todos em casa a desenhar e pintar.
[00:14:13] Speaker A: O Tiago Guerreiro, além da comunicação, dedica-se a outras áreas.
É profissional arco, é ilustrador e é cofundador de uma pequena editora independente. Como é ter tempo para tudo isto?
[00:14:27] Speaker B: Faço a comunicação no museu das nove e meia às cinco e meia. Vou ao fim do dia, geralmente para o arco, onde dou aulas uma ou duas vezes por semana conforme a altura do ano. Ou seja, horário em regime pós-laboral.
E onde neste momento também tenho aulas de fotografia.
E a editora?
A editora, vamos fazendo quando há tempo. À noite, ao fim de semana. Vamos dedicando.
Atenção que a editora é constituída por três pessoas.
Eu, Ana Braga e Inês Machado. E vamos dividindo o trabalho. Aqui, neste caso, a União faz a força. E conseguimos dividir.
[00:15:08] Speaker A: É muito vocacional para crianças, não é? Sim.
[00:15:10] Speaker B: Temos muitas publicações dirigidas ao público infantil.
Ou seja, a ilustração infantil, digamos assim, é a base do nosso trabalho. Já temos uma revista, a União Homónima, que é uma revista de passatempos.
Tinha também sempre uma história.
E o ano passado fizemos um ponto final nesse projeto, porque sendo uma publicação a rolar, tomava-nos muito tempo. E nós queríamos fazer outras coisas, outras publicações.
[00:15:40] Speaker A: E a ilustração, como é que nasceu esse gosto?
[00:15:42] Speaker B: Como é que surge? É engraçado porque quando me perguntavam do que é que eu mais me arrependia, até aos meus 20 e tais, 30 anos, eu nunca sabia responder, mas uma vez depois me apensar realmente.
é a coisa que eu mais me arrependia na vida. Eu acho que foi não ter seguido artes no ensino secundário e depois, obviamente, a seguir.
E a verdade é que eu sempre gostei muito de desenhar e lembro-me de até mais ou menos aos 20 anos estar sempre a desenhar, mesmo quando tinha um caderno, uma sala de aulas, etc.
E nunca perdi isso, nunca perdi essa vontade.
Já sou um ilustrador seródio, digamos assim. Começo a estudar ilustração. Lá está no arco, em regime pós-laboral, já com 30 ou 31 anos. Mas decido. Decido fazer. E é uma fase muito boa da minha vida. Ou seja, apesar de sair de trabalho tarde e ir tarde para as aulas, deu-me um gosto tremendo e continuei. Logo a seguir, concluí os estudos em 2016. Estudei lá no Arquidas de 2014-2016 e logo a seguir comecei este projeto da Triciclo com os meus colegas.
[00:17:01] Speaker A: Sei também que as Grandes Viagens é outra das suas paixões.
Cá dentro, lá fora, que tipo de viagens é que faz?
[00:17:12] Speaker B: Ultimamente, tenho feito cada vez mais viagens chamadas road trips. Ou seja, eu vou...
ou pego no meu carro e saio aqui de Lisboa e vou dar uma volta por Portugal, por Espanha, ou viajo de avião e depois, assim que chego ao aeroporto, ou no dia seguinte, pego num carro alugado e vou dar uma volta.
Vou dar uma volta. Vou dar às vezes umas grandes voltas, não é?
[00:17:39] Speaker A: Mas quando fala em grandes viagens, está a falar de quantos dias em viagem e quantos quilómetros percorridos.
[00:17:46] Speaker B: Eu acho que o meu recorde foi no verão do ano passado, em 2023. Tive três semanas no sul da Polónia. Comecei em Cracóvia, fui até às montanhas Tatra, no sul, na fronteira com a Eslováquia.
E, no fundo, fiz uma viagem quase em círculo no Sudo Polónio. Passei perto da fronteira com a Ucrânia também. E depois acabei aí na capital, em Varsóvia.
[00:18:13] Speaker A: E têm alguma grande viagem que ainda gostasse de fazer?
[00:18:18] Speaker B: Todas as que ainda não fiz. Eu, neste momento, o meu maior desafio é aprender a... Eu já guiei motas.
Lambretas, não é? Quando era novo, mas não peguei uma lambreta há muito, muito tempo. Então queria ver se voltava a pegar para ir para a Ásia, Vietnam, Laos, e fazer aí viagens de lambreta.
É muito mais difícil ir andar de carro, se bem que eu prefiro, obviamente, e o carro é sempre a minha primeira opção nestas viagens porque é muito mais confortável e viajar de carro é fantástico porque é confortável, permite-nos ir onde quisermos, quando quisermos, à hora que quisermos, praticamente.
[00:19:03] Speaker A: Mas esse é o projeto... Viajar a duas rodas é uma aventura.
Vai ser uma aventura de certeza.
[00:19:10] Speaker B: Agora existem aquelas lambretas que dá para alugar aí na rua, não é? Aquelas azuis e brancas. Acho que vou inscrever-me e começar a praticar aqui em Lisboa.
[00:19:19] Speaker A: E por Portugal, para onde é que gosta mais de viajar? Interior, costa?
[00:19:23] Speaker B: Há um sítio que todos os anos volto, que é o Alentejo, sobretudo a costa da Vicentina, porque o meu pai é de Odmira, a minha família do lado paterno é de Odmira, e é sempre um gosto voltar.
Aliás, quando passo a ponte, a Vasco da Gama, o 25 de Abril e chego à margem sul, Acho que o meu amor, e o de muita gente também, não é? Muda completamente. Vamos para o Sul.
E é bom viajar naquela zona, naquelas planícies, naquelas serras também, não é? Que é uma zona de serra, aquela Costa Vicentina.
O Alentejo é o meu lugar favorito, acho eu.
[00:20:07] Speaker A: Para fazer viagens de carro?
[00:20:08] Speaker B: Sim. Neste fim de semana estive, mas noutra zona de Alentejo.
Está a norte de Lisboa. Tive uma serra de soma média perto de Porto Alegre, ali entre Castelo Vido, Maravão, Niza...
[00:20:20] Speaker A: E pela cidade.
Não lhe é muito interessante viajar.
Não tem o mesmo...
[00:20:25] Speaker B: Dentro da cidade ou fazendo viagens... Sim, em meio urbano.
Eu gosto de viajar entre cidades.
[00:20:31] Speaker A: Sim.
[00:20:31] Speaker B: Mas...
a questão é que dentro de.
[00:20:34] Speaker A: Cidades... Sempre com aquela característica de viagem mesmo, não é? Quer dizer, de grande viagem.
[00:20:39] Speaker B: Pois, quer dizer, ao fim de semana é viagem em Lisboa, às vezes. Porque é mais fácil estacionar, mais fácil circular.
[00:20:47] Speaker A: E à noite, gosta de conduzir.
[00:20:49] Speaker B: Gosto, gosto muito viajar à noite e conduzir de noite.
Não é mais cansativo sequer, acho que até facilita o facto de termos indicação de que vem um carro daqui ou daqui lá porque há uma luz, não é?
iluminar, acho que acaba por, às vezes, até facilitar. A minha mãe, que é muito mãe galinha, sou filho único, costuma dizer, ai Tiago, cuidadinho, que vais viajar à noite, etc, tem lá cuidado.
E a resposta que lhe dou é sempre esta, acho que é muito mais fácil viajar à noite e confortável do que de dia.
Se bem que, obviamente, de dia é que...
que é bom pôr o braço de fora, apanhar o covento e apreciar a paisagem.
[00:21:40] Speaker A: Tiago Reino, muito obrigado por ter aceitado este nosso convite, esta agradável conversa.
E obrigado por estarem deste lado. Podem seguir-nos no Spotify, Soundcloud, Apple Podcast e nas redes sociais do SCP.