Episode Transcript
[00:00:01] Speaker A: Anos dos 30 é um podcast do Automóvel Clube Portugal que pretende dar a conhecer jovens talentos que se destaquem nas mais diversas áreas da sociedade.
[00:00:09] Speaker B: São 30 anos, noivo, um golfista profissional que começou a jogar golfe aos 13 anos no Clube de Golfo de Ilamora e desde então conseguiu vários títulos nacionais amadores. Após uma carreira de sucesso nas categorias amadoras, passou a competir profissionalmente e participando em diversas etapas do European Tour e está atualmente a jogar uma época tempo inteiro no Challenge Tour, onde, com muita satisfação para o clube, o fará nesta época como jogador ACP.
Bem-vindo Tomás Melogalveia ao nosso podcast ACP Antes dos 30. onde queremos te conhecer um pouco mais e, acima de tudo, muito obrigado por teres aceitado o nosso convite.
[00:00:44] Speaker A: Obrigado, Will.
[00:00:45] Speaker B: Conta-nos um bocadinho quem é o Tomás e como surgiu o golfe na tua vida.
[00:00:50] Speaker A: O Tomás é um rapaz muito simples. Eu acho que sou um rapaz trabalhador. Quando quer as coisas trabalha para as conseguir.
E o golfe teve sempre a nossa família. O meu pai quando se mudou para o Algarve, já tarde, aos 30 e tal, acho eu, começou a jogar golfe e nós como O meu irmão mais velho, o Ricardo, começou logo em miúdo com o meu pai, nessa altura.
E eu comecei um bocadinho mais tarde. Eu, na altura, em miúdo, joguei vários desportos. Joguei ténis, primeiro futebol, depois a minha mãe tirou-me do futebol. Comecei no ténis até chegar a uma parte que precisava dedicar mais físico.
E então saí do ténis, comecei a fazer surf, comecei a jogar rugby, até que o campo de golfe do Laranjala abriu em frente à nossa casa e decidi tentar mais à séria. Eu, em miúdo, o meu pai punha-me nas colas de verão de Vila Moura e eu odiava, fazia tudo para não ir.
E depois, nessa altura, em 2007, quando o campo abriu, Decidi dar outra tentativa e a partir daí nunca mais levei o golfe.
[00:02:20] Speaker B: Pronto, e começou a tua passagem durante vários anos como nosso jogador amador e onde conseguiste alguns títulos nacionais. Queres contar alguns deles, alguns dos melhores momentos enquanto amador que tiveste cá no nosso país?
[00:02:33] Speaker A: É uma história engraçada, porque eu.
[00:02:38] Speaker B: Em.
[00:02:38] Speaker A: Amador, nunca fui, ou até uma certa altura, nunca fui muito bom jogador. Mas o meu pai propôs-me fazer o 12º ano nos Estados Unidos, E, como sabem, nos Estados Unidos todas as escolas têm desportos.
E eu fui para lá e queria jogar golfe. E, então, entrei na equipa de golfe. E, a partir daí, comecei a jogar bemzinho e tinha o sonho, então, de ir para a universidade.
[00:03:13] Speaker B: Estás no décimo segundo e voltaste para Portugal? Ou depois foste continuando?
Isto foi tudo no Rawlings College?
[00:03:21] Speaker A: Não, isto foi antes. Foi em Iowa, em que eu fui para uma família de acolhimento espetacular e fiz esse ano e joguei na equipa e ganhámos o torneio mais importante de equipas. Eu fiquei em segunda individual.
E a partir daí...
[00:03:38] Speaker B: Isso aos State Championships?
[00:03:40] Speaker A: Exatamente, no State Championship.
E a partir daí abriram-se várias portas. Eu também sendo irmão do Ricardo, que já estava lá a jogar muito bem, consegui uma bolsa ótima na Rawlings College e fui para lá há quatro anos. E nesses quatro anos não fiz nada em termos de golpe.
Fiz muito pouco. Jogava aos turneios, mas chegava aos turneios e não jogava mais.
[00:04:08] Speaker B: Eles têm muito acompanhamento.
Afim, tens equipas de golfe, tens equipas de várias modalidades em cada faculdade, universidade e college.
[00:04:15] Speaker A: Exato.
[00:04:16] Speaker B: Tinhas desafios semanais ou mensais para integrares dessa equipa lá? Como é que funcionava?
[00:04:20] Speaker A: Sim, cada torneio havia um qualifying. Portanto, e depois só se jogássemos bem os torneios, só se fizéssemos top 10 é que se mantinha para o torneio a seguir. Portanto, eu andava sempre nesta dos qualifying, mas eu jogava sempre bem os qualifying e então estava sempre a ir aos torneios. Chegava aos torneios e não fazia nada de especial.
E então, chegam os 4 anos e eu volto para Portugal.
De volta para Portugal, e eu sou muito, muito realista, e então eu sabia que não tinha nível nem perto de me tornar profissional.
Então seguia outra via.
Comecei a trabalhar numa empresa, aqui em Lisboa.
[00:05:03] Speaker B: Ainda moravas no Algarve?
[00:05:05] Speaker A: Morava no Algarve.
[00:05:06] Speaker B: Vieste para Lisboa?
[00:05:07] Speaker A: Vim para Lisboa e comecei a trabalhar no grupo Geste-me em Controlo de Gestão. Eu tirei Responsible Business Management nos Estados Unidos e pronto, continuei nessa área.
[00:05:20] Speaker B: Quanto tempo é que durou essa experiência de trabalho? Ou melhor, intencionavas ficar ali e começar a trabalhar, ponto?
[00:05:29] Speaker A: Sim.
No início ia ser 3 meses, gostaram de mim e quiseram que eu ficasse, e então eu entrei para os quadros.
E nessa altura eu jogava golfe à mesma, como amador, treinava aos fins de semanas, e comecei a jogar os torneios da federação.
E foi aí que comecei a ganhar os tais torneios amadores.
E pronto, essa experiência na empresa demorou 9 meses.
[00:05:59] Speaker B: Era um estágio que tinhas flexibilidade de horários de treino? Ou era sempre de segunda a sexta e ao fim de semana é que treinavas?
[00:06:05] Speaker A: Era de segunda a sexta e ao fim de semana treinava. E ao fim de semana às vezes também não treinava, eram os turneios.
[00:06:10] Speaker B: Só para passar a mensagem de que treinando bem ao fim de semana é possível ter bons resultados.
[00:06:15] Speaker A: Sim, sim, é verdade.
E então comecei a jogar esses torneios. Em 2016, acho que foi setembro ou outubro, ganhei a Taça da Federação.
[00:06:29] Speaker B: Em que campo é que foi?
[00:06:30] Speaker A: Foi no Riva Golf. Ganhei no Riva Golf a taça.
[00:06:33] Speaker B: Claro.
[00:06:34] Speaker A: Riva Golf 1. Não, por acaso foi no 2. Foi no 2. Por acaso foi no 2. E as pessoas perguntavam sempre, queres tornar profissional, queres tornar profissional? Eu disse não.
Eu quero continuar a ajudar as seleções e a jogar turnéis lá fora com a seleção.
[00:06:52] Speaker B: Enquanto trabalhavas, estavas a melhorar a tua carreira amadora, tinhas este título de Taça da Federação, que é uma prova espetacular da nossa federação, e nesse ano voltaste a ganhar alguma competição nacional, ou foi... quanto tempo é que durou esse bom momento enquanto amador?
[00:07:09] Speaker A: Em 2016 ganhei essa, já foi no fim.
E depois em 2017, o Campeonato Nacional Absoluto foi em maio, acho eu, Uma.
[00:07:20] Speaker B: Cena entre Maio e Julho, mais ou menos.
[00:07:22] Speaker A: Exatamente. E ganhei esse também.
E aí é que começou a haver conversas um bocadinho mais sérias, porque eu comecei a pensar, se eu só treino ao fim de semana e consigo estes resultados, eu só imagino o que é que eu trabalhando todos os dias com um trabalho estruturado, o que é que eu consigo fazer.
E então foi aí que comecei a falar com o meu pai e começámos a perceber que era naquela altura ou nunca.
E com o apoio do meu pai decidimos que iria treinar profissional, iria tentar.
[00:08:06] Speaker B: E nessa passagem para o profissional, que acho que é um tema importante para passar a quem nos ouve, tu andas a decisão de passar a profissional e começar uma carreira profissional, arranjar uma equipa, que nos acompanhe é talvez das coisas mais importantes a fazer. Arranjar um bom treinador, ter um bom treinador físico, enfim. É importante que as pessoas saibam que não é só, ok, amanhã vou deixar de trabalhar e vou passar a jogar 15 horas o dia. É um parque muito importante deste alicerce que é preciso para se aguentar a uma vida, a ter tempo inteiro a jogar golfe.
[00:08:41] Speaker A: Sim, sem dúvida. A equipa é a nossa base.
É a base de tudo. E eles fazem tudo para que nós só nos fiquemos no jogo.
E, portanto, ter uma base sólida é fundamental para conseguirmos ter resultados e sucesso.
E eu comecei logo a trabalhar com fisioterapeuta, com treinador mental, com treinador técnico, e com o David, que é o meu treinador desde sempre.
[00:09:16] Speaker B: Quando aceitaste esse desafio, o David, essa equipa toda, voltaste para o Algarve, onde estava o teu pai, onde estavam os teus pais, ou mantiveste a Lisboa?
[00:09:26] Speaker A: Não, mudei-me para o Algarve, que na minha opinião no Algarve é onde há mais condições para...
evoluirmos e treinarmos todos os dias.
E também, o meu pai estando lá, voltei para a casa dos pais, que cá em Lisboa não estava, e comecei a ir no Algarve a minha carreira e os meus treinos.
[00:09:52] Speaker B: Tu que os jogaste, passando um bocadinho mais à frente agora, tu que os jogaste em muitos eventos do Challenge Tour, mas também em alguns do European Tour, o que é que tu consideras ser as principais diferenças, já nem digo de prize money e de mídia, a atenção, etc. Quais são as principais diferenças que tu vês, até no set-up dos campos e tudo, relativamente aos torneios do European Tour e aos do Challenge Tour?
[00:10:16] Speaker A: Para mim a maior diferença são os campos.
É isso, é o setup, é a maneira como o campo está tratado e depois é as infraestruturas todas à volta.
Mas o setup do campo e...
[00:10:35] Speaker B: O setup do campo leia-se como a preparação do campo em si.
[00:10:38] Speaker A: Sim.
[00:10:38] Speaker B: Sim, é o tipo, a altura dos férois, o completo do campo, a altura dos rafos, sobretudo.
que é o mais complicado, a velocidade dos gringos, enfim, tudo isso são detalhes que tornam o campo muito mais complicado.
[00:10:51] Speaker A: Sim, para mim o fator principal é os gringos, é o que torna os campos, os gringos e os refs nos férias e à volta dos gringos é o que torna mais difícil. Normalmente num campo do European Tour tem-se gringos muito rápidos, gringos firmes, ref muito alto, E, portanto, isso tudo dificulta os resultados?
[00:11:15] Speaker B: Pois é, era algo que se via no Portugal Masters há uns anos atrás, nos primeiros anos do Portugal Masters.
Os gringos muito rápidos, os refs de tal maneira altos que a jogar tinha que haver alguns voluntários a ajudar a encontrar as bolas.
Portanto, quando se joga de refs desses, com relva tão alta, para gringos onde são muito rápidos e duros, que eles vão endurecendo ao longo da semana, parar a bola começa a ser cada vez mais difícil dar um shot com muita qualidade.
[00:11:41] Speaker A: Exato.
[00:11:42] Speaker B: Esta parceria é com muito orgulho, posso dizer-te mais, que o OCP te vai patrocinar esta época, te vai apoiar, na esperança que, de facto, tu tenhas uma excelente época, mas o que é que… estamos muito entusiasmados, de facto, que isso aconteça. O ACP há muitos anos que apoia desporto, mais motorizado, mas apoia grandes atletas e grandes pilotos.
O que é que é para ti, já falámos um pouco em off até, mas o que é que é para ti esta nossa postura e, acima de tudo, este apoio que nós conseguimos dar nesta época?
[00:12:18] Speaker A: É um apoio muito importante, é uma coisa que infelizmente no golfe em Portugal não é normal, que as empresas portuguesas apoiarem atletas profissionais, e para mim é um orgulho, como já disse, ter uma empresa grande portuguesa a apoiar e a acreditar no meu projeto.
E isto, este apoio, como os outros que vamos tendo, abrem-nos portas, abrem-nos, dão-nos estabilidade para termos o sucesso desportivo que tanto queremos. E, portanto, para mim é uma honra representar o ACP, como o meu irmão também já representou, e poder contribuir também aos sócios e a todos que me ajudam.
[00:13:14] Speaker B: E nós partilhamos isso também contigo, Tomás. De facto, gostávamos de ver mais empresas portuguesas apoiar os jogadores nacionais.
Gostávamos também de ver, se calhar, o turismo apoiar alguns dos nossos jogadores nacionais com, afim, um retorno básico para nós que seria, por exemplo, o Visite Portugal. Portanto, seria fácil se, no fundo, tu e o teu irmão e o Ricardo Santos e o Pedro Figueiredo e tantos outros que estão a jogar lá fora não mais são do que, entre grandes atletas obviamente, embaixadores do nosso país.
Embaixadores do desporto, da dedicação, do rigor, do treino e da entrega que têm nos outros esportes do dia-a-dia. Portanto, até isso apelamos também que mais se possam juntar.
Agora, coisas sérias, mais sérias ainda. Vem uma época do Challenge Tour a tempo inteiro.
Objetivos principais para esta temporada?
[00:14:08] Speaker A: O meu objetivo principal é chegar à final do Challenge Tour, que nunca o fiz. Que é reservada aos primeiros 45 jogadores do ranking.
[00:14:22] Speaker B: Será em Oman, mais uma vez?
[00:14:23] Speaker A: Não, em Maiorca.
[00:14:24] Speaker B: Em Maiorca?
[00:14:25] Speaker A: Sim, tem sido 18 anos.
[00:14:26] Speaker B: É chamada conflita para Maiorca. Exato.
[00:14:29] Speaker A: Que é em Setembro.
Não, é o tour.
E eu sei que se chegar lá tenho hipótese de subir ao European Tour pelo top 20. E esse é de facto o meu foco principal.
Para lá chegar eu sei que tenho de ganhar um torneio ou mais e esse também passa por ser um dos meus objetivos.
[00:14:57] Speaker B: Esses 45 que têm acesso à última prova do ano, os 20 primeiros ganham o cartão para a Europa no Tour. Os outros 25 têm algum tipo de acesso a algum torneio? Ficam com mais acesso do que os restantes jogadores dessa ordem de mérito que não conseguem lá chegar mas também conservam o cartão do Challenge? Tem algum extra?
[00:15:22] Speaker A: Sim, esses jogadores que não conseguem o cartão do European Tour têm também uma categoria no European Tour mais pequena, mas que dá acesso a 5, 6, 7 torneios do European Tour. Portanto, também é uma vantagem muito boa porque, quem sabe, nesses 5, 6, 7 torneios podem acontecer outras oportunidades.
[00:15:45] Speaker B: Exatamente. E que lições é que tu tiraste desta época, fim da última época, 2024?
[00:15:53] Speaker A: A maior lição que eu tirei foi que nunca se deve desistir.
Porque eu, nesta época de 2024, tive um começo muito mau.
Eu, nos primeiros 10 torneios, acho que só passei um cut.
e estava péssimo no ranking e tinha só metade da época.
[00:16:17] Speaker B: Foi-se correr atrás do prejuízo.
[00:16:19] Speaker A: Exatamente. Como ao português, não é?
[00:16:21] Speaker B: Não, eu acho que é importante. Eu lembro de ouvir o Adam Scott dizer, aliás, o Álvaro Queiroz, se dizer uma vez, e o Rafa Cabral Belo numa conversa que davam de tudo por tudo até abril, maio para conseguir ter o máximo de pontos possível para, enfim, se conseguissem obviamente, mas para que a segunda metade da época fosse mais descontarida em termos de pressão de conseguir o seu cartão e que aí surgiam sempre coisas boas nessa altura.
[00:16:47] Speaker A: Exato, é verdade.
Quando já tem aquela estabilidade de pontos, de ranking, a meio do ano já se consegue jogar de outra maneira a segunda parte.
E é sempre esse o objetivo nos primeiros torneios, é tentar chegar a essa estabilidade para depois começarmos a pensar mais em ganhar torneios e menos em passar ganhos. Exatamente.
E pronto, este ano foi muito assim, com muitos sketches falhados nos primeiros 10 torneios.
Depois houve ali um momento, não sei se te lembras, que fiz 10 a baixo na primeira volta e que a partir daí tudo mudou. Comecei a jogar bastante mais consistente e a fazer bons resultados. Acho que fiz logo um top 5 na semana a seguir.
E pronto, daí desencadeou vários resultados que me ajudaram muito.
[00:17:44] Speaker B: O golf nesse aspecto é um desporto extraordinário. Basta um clique de uma volta que pode ditar o resto do sucesso da última volta. Aliás, fala-te ainda de baixos. Eu tenho aqui buscar, de facto até brincávamos disso no outro dia, que esta última tua vitória no PT Tour foram voltas de 4 a baixos, 10 a baixos e 8 a baixos.
E atenção que o Tomás não jogou do tijo vermelho.
Era de lá atrás tudo, era a mesma. E mesmo assim, só ganhaste por uma pancada. Portanto, mostra bem.
o nível também que estava lá em termos de jogadores neste torneio que foi em Palmares, certo?
[00:18:18] Speaker A: Sim, o Gregor, que foi o jogador que eu ganhei e que joguei no último dia, foi um amador excelente e começou agora a carreira profissional e é um grande jogador. Vai dar carta certamente. Está este ano também no Challenge Futuro comigo.
E, portanto, o nível era muito bom.
Eu fiz menos 22 e só ganhei por uma.
E pronto, tem que se jogar muito bem para ganhar em qualquer dos circuitos. E fiquei muito contente que fiz 27 birdies em 3 dias.
São 9 birdies por dia.
E o campo pode ser fácil, pode dar bom tempo, mas é preciso fazê-los à mesma.
E fiquei muito contente por isso.
[00:19:06] Speaker B: Tu treinas quantas horas por dia? E quando o fazes, usas música durante o treino?
Existe alguma música especial que gostas mais para treinar, enfim, quando tu treinas, que possas ouvir?
[00:19:20] Speaker A: Eu treino, há três tipos de treino no golfe, que é o treino técnico, o treino físico e o treino mental.
E eu passo mais ou menos sete horas no campo de golfe, faço uma hora de treino físico e meia hora de treino mental todos os dias.
o treino físico há um ou dois dias que não faço.
E durante os treinos não tenho nenhuma música específica, agora comecei a ouvir podcast de golfe durante os treinos, que gosto muito de ouvir, de podcast de jogadores que falam, que ainda hoje ouvi o do Mark Immelman, e pronto, entrei nessa.
[00:20:08] Speaker B: Dos podcasts agora É um mundo fantástico, aliás espero que também o nosso podcast chegue também ao Mark Ebelman, enfim, e também para aí fora. Bem, que conselhos tu darias aos nossos membros da CP Golf, que são muitos e que jogam muito golf para, no fundo, melhorarem o seu jogo ou tirarem enfim, basta 3 ou 4 pancadas ao seu resultado habitual.
Que aspectos importantes é que achas que um jogador, digamos mais um jogador de fim de semana, porque temos de ter em conta que eles de segunda, a maior parte das pessoas, não eles, a maior parte dos nossos jogadores jogam só sábado e domingo e portanto não pegam num ferro a maior parte de domingo a sábado e esperamos sempre de chegar ao sábado e estar a jogar igual a que fomos na semana passada, mas não é bem assim, não é bem...
[00:20:53] Speaker A: Não, não é bem assim, especialmente no golf. Mas para mim há duas coisas no golf amador que são muito importantes.
E a primeira é o que eu chamo de course management.
Ou seja, os amadores não vão estar sempre no meio do fairway.
E, portanto, quando se falham os fairways ou quando se falham os shots, temos que sempre perceber qual é a...
a maneira de fazer menos pancadas.
Se vai para o meio das árvores e tem ali um shot miraculoso mas que se calhar só dá uma em 10 ou então jogar para o lado e depois sim jogar para o green.
[00:21:35] Speaker B: Não arriscar, no fim do dia é sempre melhor jogar de forma segura do que é melhor perder uma pancada aqui.
[00:21:42] Speaker A: Normalmente sim. Normalmente é melhor jogarmos pelo seguro, especialmente nos dias em que estamos a jogar mal. E é nesses dias que queremos arriscar mais porque estamos pior.
Mas isso é muito importante.
pensar na melhor maneira de fazer menos pancadas.
Seja ela mais bonita ou mais feia, não interessa.
E a outra é...
Eu gostava de perguntar a cada jogador amador quantas vezes é que consegue atingir a distância do FR7.
se um jogador amador joga o fair set a 130 metros.
Eu gostava de saber quantas vezes é que esse jogador acerta nessa distância dos 130 metros.
E, na minha opinião, não vai ser muitas vezes.
E, portanto, para compensarmos essa margem de distância, o meu conselho é tentar jogar sempre um tack a mais.
e se tiver 130 metros e jogar o FF6, FF6 que vai 140 metros, se der um shot perfeito, é sempre um shot perfeito.
Mas se não der, que é... 80%, depende do handicap também, não é? Mas 80% das vezes a distância vai sempre mais curta, ou seja, vai sempre ficar mais perto da bandeira. Porque quando eu jogo com os amadores, jogadores amadores, eu noto sempre que é muito difícil conseguirem chegar à bandeira.
[00:23:17] Speaker B: E eu acho que isso... Sempre, tanto a seguir ao green, seria sempre uma posição segura para estar. É um facto que nós queremos sempre, porque os amadores, e eu incluído, achamos sempre que vamos bater o melhor shot.
[00:23:30] Speaker A: Possível com o contacto.
[00:23:31] Speaker B: E mesmo se o contacto for perfeito, vamos ficar ao nível da bandeira.
[00:23:35] Speaker A: Exatamente.
[00:23:36] Speaker B: Eu sei que há campos onde temos que ter algum cuidado e não passar, e é sempre melhor ficar curto, mas na generalidade dos shots, os jogadores amadores, de facto, tens razão, ficam sempre curtos.
[00:23:46] Speaker A: E é normal, é normal.
[00:23:47] Speaker B: Claro, mas passar em aboco, quer dizer que tivemos chance não só para chegar ao grínio, mas para chegar à bandeira e descarar vamos ficar surpreendidos com a quantidade de vezes que a bola vai ficar ao pé da bandeira.
[00:23:59] Speaker A: Exatamente, exatamente.
[00:24:00] Speaker B: A jogada não ferra mais. Muito bem, Tomás, muito obrigado por esta conversa, maior das sortes para o resto desta, ou melhor para o início desta época que vais ter agora no Challenge Tour.
com a garantia que os nossos membros da CP Golf vão estar atentos e a seguir passo a passo o teu desempenho e a apoiar-te, obviamente. Muito obrigado.
[00:24:19] Speaker A: Muito obrigado. Obrigado mais uma vez.